O documentário mostra além da beleza da região pantaneira, os riscos ambientais e os projetos de preservação

O Pantanal de Mato Grosso do Sul ganhou mais um documentário que mostra as belezas da região, riscos ambientais e exemplos de projetos conservacionistas. O vídeo foi produzido pelo WWF-Brasil e está disponível gratuitamente na internet pelo Youtube.

De acordo com a organização não-governamental, a produção reúne imagens e depoimentos colhidos durante viagem de campo organizada pelo WWF em 2011. Quem assina a produção é Geralda Magela, com roteiro de Marco Sarti, que percorreu o Pantanal com o fotógrafo Adriano Gambarini.

Foram registradas fotos e imagens em vídeo do Pantanal e de áreas do Cerrado na Bacia do Alto Paraguai. O percurso foi cumprido de carro, avião e barco, com mais de dois mil quilômetros no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Além de mostrar as belezas naturais, o webdocumentário apresenta o funcionamento da Associação de Mulheres Amor-Peixe, de Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande (MS). A entidade produz artesanato com couro de peixe.

Reservas particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) como no Buraco das Araras e no Rio da Prata, nos municípios de Jardim, a 239 quilômetros da capital, e Miranda, a 203 quilômetros de Campo Grande, também foram visitadas.

Em Corguinho, que fica a 99 quilômetros da capital sul-mato-grossense, a equipe conheceu as RPPNs Vale do Bugio e Gavião de Penacho. Além disso, em Aquidauana, a 143 quilômetros de Campo Grande, foram visitadas unidades de turismo ecológico e produzidas imagens do Rio Aquidauana.

No chamado Pantanal da Nhecolândia, a equipe do WWF-Brasil visitou a fazenda de pecuária orgânica Rancharia, que tem como meio de acesso na maior parte do ano apenas o avião. Além da fazenda, a imensa planície alagável foi sobrevoada, do Pantanal da Nhecolândia até Corumbá, registrando imagens das lagoas e salinas que compõem a paisagem pantaneira.

Segundo o documentário, os maiores impactos ambientais flagrados estão relacionados aos projetos de construção de hidrelétricas, além da mineração e construção de estradas. Ainda chamaram a atenção da equipe de ambientalistas as grandes extensões de lavoura com milho e cana-de-açúcar, além dos campos de pastagens não naturais.

Outro flagrante do WWF foi o grande número de atropelamentos de animais nas estradas que cortam o Pantanal de Mato Grosso do Sul.

Mesmo assim, a situação do bioma pantaneiro é considerada boa, segundo estudo realizado pelo WWF-Brasil em parceria com organizações que atuam no território brasileiro dentro do Pantanal. “A área está bem conservada, com 86,6% da sua cobertura vegetal natural. A situação é bem diferente na parte alta da bacia hidrográfica, nas regiões do Cerrado, onde apenas 41,8% da vegetação natural permanecem com sua formação original”.