Venda de veículos sobe em março, mas recua no primeiro tri

As vendas de veículos novos no Brasil em março saltaram sobre fevereiro, favorecidas por um número maior de dias úteis de emplacamentos, mas no comparativo anual houve queda, atribuída à contenção de crédito por conta de aumento na inadimplência, informou a associação de concessionárias, Fenabrave, nesta terça-feira (3). Os licenciamentos de automóveis, comerciais leves, caminhõ…

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As vendas de veículos novos no Brasil em março saltaram sobre fevereiro, favorecidas por um número maior de dias úteis de emplacamentos, mas no comparativo anual houve queda, atribuída à contenção de crédito por conta de aumento na inadimplência, informou a associação de concessionárias, Fenabrave, nesta terça-feira (3).

Os licenciamentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no Brasil em março subiram 20,5 por cento sobre fevereiro, para 300,6 mil unidades.

Já no comparativo anual, março apresentou queda de 1,8 por cento, enquanto as vendas no trimestre, de 818,4 mil unidades, recuaram 0,8 por cento.

Segundo o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti, a inadimplência de 5,5 por cento em fevereiro, superior à registrada durante a crise de 2009, fez com que as instituições financeiras ficassem mais restritivas na liberação do crédito ao consumidor, medida que impactou diretamente as vendas nas concessionárias.

“Esta restrição no cadastro gera queda nas vendas, por isso, a média diária foi menor de um ano para outro. Essa situação nos preocupa, pois pode afetar a expansão esperada para o ano”, disse Meneghetti em comunicado, acrescentando que espera queda na inadimplência a partir do final do primeiro semestre.

No início de março, o Banco Central reduziu a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual, a 9,75 por cento ao ano, foi o quinto corte seguido no juro.

Apesar da queda nas vendas no trimestre sobre o recorde de 825,2 mil veículos registrado nos três primeiros meses de 2011, a Fenabrave decidiu manter suas previsões para 2012.

A expectativa para automóveis e comerciais leves é de alta de 4,5 por cento, para cerca de 3,58 milhões de unidades, e a de caminhões é de incremento de 9,6 por cento, para 189,2 mil unidades.

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