Usuários e Agetran se reúnem com MPE para resolver problemas com uso do cartão
Por acreditar que o novo sistema dos transportes coletivos de Campo Grande, que só aceita o cartão como forma de pagamento e não mais dinheiro fere princípios básicos da Constituição Federal, como o direito de Ir e Vir e o da Igualdade, a Ussister (União Sul Matogrossensse dos Usuários do Sistema Integrado de transportes Urbanos […]
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Por acreditar que o novo sistema dos transportes coletivos de Campo Grande, que só aceita o cartão como forma de pagamento e não mais dinheiro fere princípios básicos da Constituição Federal, como o direito de Ir e Vir e o da Igualdade, a Ussister (União Sul Matogrossensse dos Usuários do Sistema Integrado de transportes Urbanos e Estadual Rodoviário) esteve reunida nesta segunda-feira (9) no Ministério Público Estadual juntamente com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).
Antônio Aparecido Duarte, presidente da Ussister, disse que não é contra o novo sistema, mas as empresas concessionárias devem dar o direito de escolha ao cidadão e não impor da maneira que está sendo feita e que foi acordada no TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), em audiência realizada em 3 de abril deste ano.
A Ussister quer que o TAC seja revisto ou mesmo revogado. “O cartão pode dar defeito. São várias as situações que podem acontecer e o usuário ficar prejudicado e não ter como embarcar. Isso é muito ruim”, apontou.
Duarte concorda que o cartão trouxe benefícios, mas deixa claro que os transtornos devem ser contornados.
Ele ainda lembrou que no ano passado foram investidos R$ 2 milhões no sistema de segurança de câmaras nos ônibus, valor que foi repassado ao usuário. E hoje esse mesmo sistema é usado para monitorar o usuário, já que segundo o parágrafo quarto do TAC, o usuário que for flagrado por quatro vezes em um mesmo mês sem o cartão será impedido de seguir viagem.
O diretor de departamento de operações da Agetran, Luiz Carlos Alencar, disse que as observações do MPE, em relação aos usuários têm sido cumpridas, e que a orientação é que nenhum usuário seja obrigado a descer dos ônibus.
Segundo ele, o usuário é levado até o terminal, ou ao ponto de venda mais próximo, onde possa adquirir o crédito para o cartão.
Informado sobre casos de usuários que tiveram de descer dos veículos, ele disse que infelizmente não há como ter um controle total disso. “É mais de mil motoristas, a orientação é que eles não obriguem a descer, mas pode haver casos sim”.
A respeito das câmaras que estão sendo usadas contra os usuários, ele disse que com o sem o equipamento os motoristas conhecem as pessoas que usam frequentemente o serviço, e que eles devem se conscientizar e comprar os créditos, já que a ideia é que todos passem a usar o cartão.
Nova reunião está marcada para a próxima segunda-feira (16) entre a Ussister, a Agetran e o MPE. A Ussister espera que na data as indicações de ajuste para o TAC sejam aceitas e que o acordo seja revisto.
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