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Turquia diz que avião sírio forçado a pousar tinha munição russa

O primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, disse nesta quinta-feira que um avião de passageiros da Síria que foi forçado por caças de combate a pousar em Ancara levava munições de fabricação russa destinadas ao Ministério da Defesa da Síria, elevando as tensões com o país vizinho que está em guerra. O governo sírio afirmou que o […]
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O primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, disse nesta quinta-feira que um avião de passageiros da Síria que foi forçado por caças de combate a pousar em Ancara levava munições de fabricação russa destinadas ao Ministério da Defesa da Síria, elevando as tensões com o país vizinho que está em guerra.

O governo sírio afirmou que o avião transportava carga legítima e descreveu as ações da Turquia como um ato de “pirataria aérea”, enquanto a Rússia acusou Ancara de pôr em risco a vida de passageiros russos quando interceptou o jato na noite de quarta-feira.

O pouso do avião foi mais um sinal da crescente assertividade da Turquia sobre a crise na Síria, depois que o chefe do Estado-Maior da Turquia advertiu, na quarta-feira, que os militares usariam mais força se bombas sírias continuassem a cair na Turquia.

“Estas eram munições do equivalente russo à nossa Corporação da Indústria Mecânica e Química sendo enviadas para o Ministério da Defesa da Síria”, disse Erdogan em uma entrevista coletiva na capital Ancara, referindo-se a uma fabricante estatal turca que fornece armas para o Exército do país.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia se recusou a comentar imediatamente as declarações, mas a agência de exportação de armas já tinha afirmado que não havia carga sua no voo, enquanto a agência de notícias Interfax citou Yelena Kara-Sal, uma alta funcionária consular russa, dizendo que a carga apreendida pelas autoridades turcas não era de origem russa.
O chefe da companhia aérea síria dona do avião, Ghaida Abdulatif, disse a repórteres em Damasco que o avião levava equipamento elétrico civil.

A Turquia tornou-se um dos críticos mais severos do presidente sírio, Bashar al-Assad, durante uma rebelião de 18 meses que já matou cerca de 30 mil pessoas, proporcionando refúgio para oficiais rebeldes e pressionando por uma zona de segurança protegida por forças estrangeiras dentro da Síria.

A Rússia manteve o apoiado a Assad e uma fonte da indústria de armas disse que Moscou não tinha parado suas exportações de armas a Damasco.

Jatos militares turcos escoltaram o Airbus A-320, que transportava cerca de 30 passageiros para o aeroporto de Ancara, depois que a Turquia recebeu uma pista da inteligência afirmando que o voo transportava carga militar. O Ministério das Relações Exteriores turco informou que o avião tinha recebido a oportunidade de voltar para a Rússia enquanto ainda voava sobre o mar Negro, mas que o piloto optou por não fazê-lo.

“Este ato turco hostil e deplorável é uma indicação adicional da política hostil do governo de Erdogan”, declarou o Ministério das Relações Exteriores da Síria, em um comunicado, acusando Ancara de “abrigar terroristas” e permitir que eles se infiltrem na Síria.

O presidente russo, Vladimir Putin, deveria visitar a Turquia no início da próxima semana, mas autoridades turcas disseram horas antes de o avião pousar que a Rússia havia solicitado adiamento da visita, citando agenda de trabalho pesada.

Perguntado se o adiamento estava ligado ao pouso forçado, o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, disse que Putin e Erdogan haviam discutido uma nova data por telefone na segunda-feira, dois dias antes do incidente, e que o dia 3 de dezembro é o mais provável. Ele não fez outros comentários.
A Turquia avisou que iria parar mais aeronaves civis sírias que usassem o seu espaço aéreo se necessário, e instruiu os aviões de passageiros turcos a evitar o espaço aéreo sírio, dizendo que não era mais seguro.

“Estamos determinados a controlar as transferências de armas para um regime que realiza tais massacres brutais contra civis. É inaceitável que essa transferência seja feita através de nosso espaço aéreo”, disse o chanceler Ahmet Davutoglu.

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