Os servidores do Sindjufe/MS (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal e Ministério da União em Mato Grosso do Sul) decidiram em assembléia na tarde desta sexta-feira (31) em frente à Justiça Federal que vão manter o estado de greve e prometem mais paralisações nas atividades.

O coordenador-jurídico do Sindjufe/MS, José Ailton, explica que as manifestações agora são para pressionar o STF (Supremo Tribunal Federal) para melhorar a proposta feita e já rejeitada pela categoria nesta quinta-feira (30) em assembléia.

A proposta do STF representa grande prejuízo para os servidores porque o valor, a ser pago em três anos, desvaloriza toda a história de luta dos PCSs anteriores. A categoria espera há quase sete anos por reposição salarial e estão parados os projetos de Lei 6613/09 e 6697/09 na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

O STF faria um reajuste na GAJ (Gratificação de Atividade Judiciária) que aumentaria em três anos, a partir de 2013, a gratificação de 50% para 100% do vencimento básico, que abrange consequente aumento no desconto de IRPF, PSS e eventualmente em pensões alimentícias.

Considerando-se os descontos somente de IRPF e PSS, o valor real que viria no contracheque seria de um reajuste máximo de 20%, calculado por cima. Somente os servidores nos dois primeiros padrões de cada carreira é que teriam um aumento significativo, na média de 40% (quarenta por cento).

Beneficiados mesmo seriam os Auxiliares Judiciário que estão no Padrão A1, que teriam um reajuste de mais de 48% (quarenta e oito por cento), muito raros no nosso Estado e que o Governo alardearia para a imprensa que deu um reajuste para o Judiciário com variações de 33% a 48%.

Representantes do Sindjufe/MS estão em Brasília nesta sexta-feira (31) tentando junto à Fenajufe uma proposta melhor. Enquanto não há resposta, já foi marcada para a próxima quarta-feira (05) nova paralisação de atividades em frente ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) no Parque dos Poderes, às 14h30.