Sem-terra invadem e ocupam prédio do Incra em Campo Grande

Aproximadamente 300 integrantes do Movimento dos Sem Terras (MST), invadiram e ocuparam a sede de Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), na avenida Afonso Pena em Campo Grande na manhã desta segunda-feira (16). Outros ônibus de demais cidades do estado chegam ainda hoje, para somar, de acordo com militantes em um número de […]

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Aproximadamente 300 integrantes do Movimento dos Sem Terras (MST), invadiram e ocuparam a sede de Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), na avenida Afonso Pena em Campo Grande na manhã desta segunda-feira (16).

Outros ônibus de demais cidades do estado chegam ainda hoje, para somar, de acordo com militantes em um número de até mil pessoas.

Por conta dos rumores da ocupação, os funcionários saíram do prédio e não trabalham nesta segunda. A ação coincide com o Abril Vermelho, que lembra o Massacre de Eldorado e Carajás onde 21 sem-terra morreram numa ação da polícia no estado do Pará.

Nesta terça-feira (17), completa 16 anos do massacre que também passou a ser chamada de Dia Nacional de Luta pela reforma Agrária.

O movimento está com uma pauta de reivindicações estadual e nacional. Em âmbito regional a principal exigência da militância é sobre o andamento do processo de reforma agrária em Mato Grosso do Sul que está estagnada desde agosto de 2010, devido à operação Tellus da Polícia Federal.

Na época o Ministério Público Federal (MPF), ordenou a paralisação de todo o processo de assentamento. O então superintendente do Instituto, Waldir Cipriano Rabelo chegou a ser preso durante.

Doze funcionários foram apontados por envolvimento em venda irregular de lotes no Estado.

Os principais chefes de departamentos do Incra estão reunidos em um prédio em frente. A ordem que veio da presidência do Instituto Nacional em Brasília (DF), é a de fechar o prédio e acionar a Justiça.

Estão sendo esperado ônibus das cidades de Ponta Porã, Dourados, Sidrolândia e demais municípios.

Além de cobrarem o retorno da agilidade no auxílio a quem já está assentado e novos processos de assentamento, algumas das reivindicações são a de abertura de estradas, assistência médica e fiscalização mais presente do Incra, em relação por exemplo a qualidade dos materias de construção que chegam.

“A situação está precária, recurso, água não chega, tem poço pronto e não tem água”, diz o assentado Nelci Ricardo, 48, de um assentamento de Corguinho que leva o nome da mesma cidade.

De acordo com um dos representantes da direção estadual, Laudir Novelo Deoiani o MST ainda não foi atendido por representantes do Instituto e com isso nenhuma reunião foi marcada ainda.

Em Mato Grosso do Sul existem 178 assentamento com 29.800 famílias. Segundo o Incra, mais de 900 pessoas já foram notificadas por conta de irregularidades, sendo a principal dela a não presença da família no assentamento, venda de lotes e uso irregular do terreno conquistado.

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