Relator do mensalão condena ex-dirigentes do Banco Rural
O ministro Joaquim Barbosa, relator da Ação Penal 470, o processo do mensalão, condenou hoje (18) Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinicius Samarane, os réus do chamado núcleo financeiro pelo crime de formação de quadrilha. Para o magistrado, os ex-dirigentes do Banco Rural se associaram aos réus dos núcleos político e operacional em busca […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O ministro Joaquim Barbosa, relator da Ação Penal 470, o processo do mensalão, condenou hoje (18) Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinicius Samarane, os réus do chamado núcleo financeiro pelo crime de formação de quadrilha. Para o magistrado, os ex-dirigentes do Banco Rural se associaram aos réus dos núcleos político e operacional em busca de vantagens patrimoniais indevidas ao ingressar na quadrilha.
Acompanhando entendimento já consolidado pela Corte no julgamento, o ministro absolveu a ex-diretora do Banco Rural Ayanna Tenório. “Embora Ayanna não tenha participado do começo da quadrilha, ela aderiu aos propósitos criminosos do grupo até então e atuou intensamente em mecanismos fraudulentos para encobrir os empréstimos, além de participação na lavagem de capitais. Mas o Supremo, em outras sessões, entendeu que não há provas contra ela”, completou.
“Segundo a denúncia, o núcleo do Banco Rural ingressou na engrenagem com aportes milionários e montou uma sofisticada estrutura de repasses. Em busca de vantagens patrimoniais indevidas, estabeleceu os pagamentos em espécies ao grupo de Marcos Valério objetivando ocultar os reais beneficiários em operações com indicativos de lavagem de dinheiro. Ademais injetou cifras milionárias nas contas da quadrilha para viabilizar os crimes narrados”, destacou Barbosa ao proferir seu voto.
O relator citou um jantar entre o ex-ministro José Dirceu e Kátia Rabello, então presidenta do Banco Rural. “Eles conversaram sobre a liquidação extrajudicial do Banco Mercantil de Pernambuco e a justificativa dada por Kátia é que o Banco Rural teria 20% de participação no Banco de Pernambuco”, disse.
Joaquim Barbosa descreveu como eram realizadas as operações financeiras e explicou que depois que o esquema foi divulgado, o publicitário Marcos Valério fez “acordos igualmente fictícios com alguns devedores” para receber o pagamento dos empréstimos e dissimular que eram, de fato, operações fraudulentas.
Barbosa refutou ainda as alegações da defesa do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares quanto à prova do crime de formação de quadrilha. “Os laudos apontam o contrário. Há provas que Delúbio além de funcionar como braço do núcleo político, era o principal elo entre o núcleo político e o publicitário. Genoino era o interlocutor político. Cabia a ele formular os acordos com os líderes de governo”, finalizou.
Notícias mais lidas agora
- VÍDEO: Honda Civic invade calçada e bate em poste na Avenida Bandeirantes
- Ação contra roubo de cargas prende um no Jardim Aeroporto em Campo Grande
- Lula ficará com dreno na cabeça e na UTI do Sírio Libanês após cirurgia de emergência
- Motociclista bêbada é presa na MS-316 e diz que estava a caminho de entrevista de emprego
Últimas Notícias
Bonito sofre apagão devido a fortes chuvas na região
Por volta das 20h30, mais de 82% do serviço já havia sido restabelecido
Cassems retira votação de novas taxas após falta de energia e atraso em assembleia lotada
Os aumentos eram de R$ 35 para titular e R$ 70 para dependentes
Polícia Militar Rodoviária inicia ‘Operação Boas Festas’ nas rodovias estaduais
O objetivo é o de prevenir acidentes e preservar a vida dos viajantes
Senado aprova regras para uso da inteligência artificial
O texto segue agora para votação na Câmara dos Deputados
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.