Registradas ocorrências de ferrugem em soja guaxa em MT e em SC
Após o término do vazio sanitário e o início da semeadura de soja para a safra 2012/2013, nas principais regiões produtoras do Brasil, o Consórcio Antiferrugem acaba de registrar as primeiras ocorrências de ferrugem, mas ainda em soja guaxa remanescente da safra anterior. No Estado de Mato Grosso, a fiscalização do Ministério da Agricultura Pecuária […]
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Após o término do vazio sanitário e o início da semeadura de soja para a safra 2012/2013, nas principais regiões produtoras do Brasil, o Consórcio Antiferrugem acaba de registrar as primeiras ocorrências de ferrugem, mas ainda em soja guaxa remanescente da safra anterior.
No Estado de Mato Grosso, a fiscalização do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) registrou ocorrência no município de Alto Araguaia, em soja guaxa em margem de rodovia. No Estado de Santa Catarina, a ocorrência foi no município de São Carlos, também em margem de rodovia.
“Ainda não foi registrada a ocorrência de ferrugem em lavouras comerciais nessa safra, mas a presença de soja guaxa com ferrugem é um alerta importante para os produtores. É um indicativo de que a ferrugem logo poderá estar presente nas lavouras”, explica o pesquisador Rafael Moreira Soares, da Embrapa Soja.
O pesquisador alerta que é muito importante que o produtor intensifique o monitoramento. “A inspeção frequente da lavoura é de suma importância e, caso a doença seja encontrada ainda no estádio vegetativo, a primeira aplicação de fungicida deve ser feita”, observa.
A Embrapa lembra que, apesar do atraso no início das chuvas em algumas regiões, o clima deverá ser favorável à doença nessa safra. Outro fato preocupante foi o aumento do número de autuações decorrentes de presença de soja guaxa durante o período de vazio sanitário, quando essas plantas deveriam ter sido eliminadas.
“A maior presença dessas plantas pode ter contribuído para manter vivo o fungo durante a entressafra e, consequentemente, pode ampliar a pressão da doença na safra atual”, explica Claudine Seixas, pesquisadora da Embrapa Soja.
Saiba mais – A ferrugem da soja é uma doença com alto potencial de dano às lavouras e que requer muita atenção no processo de monitoramento. A primeira constatação da ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, em lavouras no Brasil ocorreu em 2001 e rapidamente espalhou-se pelas principais regiões produtoras, em função da eficiente disseminação dos esporos do fungo pelo vento. O principal dano ocasionado por essa doença é a desfolha precoce, que impede a completa formação dos grãos, com conseqüente redução da produtividade.
O nível de dano que a doença pode ocasionar depende do momento em que ela incide na cultura, das condições climáticas favoráveis à sua multiplicação após a constatação dos sintomas iniciais, da resistência/ tolerância e do ciclo da cultivar utilizada.
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