Intruso do G-4 na etapa de classificação do Campeonato Paulista, o Guarani planeja voos mais altos na disputa estadual. A determinação do presidente Marcelo Mingone é que o elenco mantenha a confiança para buscar uma vitória no jogo eliminatório de domingo contra o Palmeiras, no estádio Brinco de Ouro, em Campinas.

Na fase de classificação, o Guarani já obteve uma vitória diante do rival da capital paulista. No Brinco de Ouro, o Bugre aproveitou as falhas defensivas do Palmeiras e impôs um marcador confortável de 3 a 1.

“Nossa confiança (na vitória) é grande, o time está encaixadinho, vem correspondendo às expectativas. Temos tudo para passar”, afirmou o presidente do clube de Campinas, Marcelo Mingone, em entrevista exclusiva.

Ao Guarani, uma vantagem extra seria o momento turbulento do Palmeiras. Na reta final do Campeonato Paulista, a equipe do técnico Luiz Felipe Scolari foi vítima de uma surpreendente queda de rendimento. Nas cinco rodadas derradeiras, obteve apenas uma vitória.

No entanto, Marcelo Mingone descarta menosprezar a capacidade do adversário. “Temos uma expectativa muito boa, esperamos que o Guarani possa repetir o jogo da fase de classificação, mas é difícil, o Palmeiras é um time maravilhoso, com um elenco muito forte”, analisa o dirigente.

Antes do início das quartas de final, a Federação Paulista de Futebol (FPF) mostrou-se preocupada com a arbitragem do Campeonato Paulista. Por isso, fez até uma troca na direção da Escola de Árbitros, com a saída de Silvia Regina de Oliveira para o ingresso do ex-assistente Nilson de Souza Monção. Ainda assim, o Guarani traz um voto de confiança para os apitadores, embora enfrente um dos gigantes do estado no Estadual.

“Houve essa discussão, mas não preocupo, o trabalho feito pela Federação Paulista é muito bom. Temos de acreditar, a gente sabe que eles pensam sempre em fazer o melhor. O Guarani sempre acredita na capacidade dos árbitros”, pondera Marcelo Mingone.

Lado financeiro- O Guarani entra na etapa final do Campeonato Paulista ciente da chance de arrecadar recursos extras para o seu departamento de futebol. Se passar pelo Palmeiras, o time de Campinas vislumbra a possibilidade até de enfrentar o nas semifinais, em um jogo com o estádio do Pacaembu lotado.

Até por isso, o Guarani foi um dos clubes que votou pela divisão igual da renda para o vencedor e o perdedor do jogo eliminatório. Clubes como Corinthians, Santos e São Paulo queriam 60% das arrecadações aos ganhadores. “Nós pensamos lá na frente”, confirma Marcelo Mingone.

Nos últimos anos, o Guarani sofreu com uma série de problemas financeiros, inclusive com a discussão sobre a venda do estádio Brinco de Ouro. No entanto, o atual mandatário quer manter o grande patrimônio do campeão brasileiro de 1978.

“Temos uma gestão desde dezembro e paramos de falar em venda do Brinco de Ouro, não pensar nisso, trabalhamos com alternativas, no dia a dia. Quando aparecer uma boa situação, será levado ao Conselho Deliberativo”, comenta Marcelo Mingone, que assegura a satisfação do elenco pelo pagamento dos salários sem atrasos na temporada. “Nesses três meses de trabalho da nossa diretoria, pagamos sempre no primeiro dia útil do mês”, encerra.