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Prefeito não desiste de ciclovia na Afonso Pena e minimiza novos gastos com canteiro

A Prefeitura de Campo Grande não vai desistir de implantar uma ciclovia no canteiro central da avenida Afonso Pena. A obra, iniciada neste mês, foi paralisada por decisão judicial que questiona o processo de tombamento da área como patrimônio histórico da capital sul-mato-grossense e os danos ambientais da construção. Segundo o prefeito Nelson Trad Filho, a Prefeitura […]
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A Prefeitura de não vai desistir de implantar uma ciclovia no canteiro central da avenida Afonso Pena. A obra, iniciada neste mês, foi paralisada por decisão judicial que questiona o processo de tombamento da área como patrimônio histórico da capital sul-mato-grossense e os danos ambientais da construção.

Segundo o prefeito Nelson Trad Filho, a Prefeitura vai recorrer imediatamente e, até nova manifestação da Justiça, respeitará a paralisação imposta. A multa prevista na liminar concedida pelo juiz Amaury da Silva Kuklinsky é de R$ 1 milhão.

Entre os lojistas da região central, onde as obras foram iniciadas, causou estranheza a remoção do gramado e paisagismo que há poucos meses foi instalado na avenida, recapeada e revitalizada no último mês de dezembro.

‘Desperdício’

“Parece brincadeira com a nossa cara, porque não faz nem um ano que gastaram uma fortuna para colocar essas plantas e grama ai, e agora já estão arrancando tudo”, indigna-se o proprietário de uma banca de revistas nas imediações.

Segundo o comerciante, a revitalização do canteiro feita anteriormente havia resolvido problemas antigos para os moradores e lojistas da região central.

“Antes isso aqui era uma fedentina. Porque os carros de lanches ficavam a madrugada inteira aí e não ofereciam banheiro para os clientes bêbados. Agora, até a mendicância tinha diminuído”, lembra.

Na decisão que determinou a paralisação das obras que já destruíram parte do paisagismo do canteiro central da Afonso Pena, o juiz relembrou da recente obra que recapeou e revitalizou a avenida Afonso Pena com dinheiro do Governo Estadual.

“Para implemento dessa revitalização e recapeamento inaugurado em 10 de dezembro de 2011, noticiou-se na midia que foram gastos R$ 6.900.000,00”, disse.

Segundo o magistrado, as novas obras prometem “solução para todas as mazelas do trânsito campo-grandense à custa de mais desperdício de dinheiro público e sacrifício do meio ambiente”.

“Qual será a obra de amanhã?”

“Ora, se era pra ser feito as ciclovias, porque desperdiçar mais de seis milhões de dinheiro público revitalizando toda a extensão do canteiro da Afonso Pena, destruindo os calçamentos, para, outrora, a menos de um ano, construí-las em toda a sua extensão? Qual será a obra de amanhã que destruirá aquilo com o qual se gastou milhões hoje”, questiona o juiz Kuklinsky.

Para o prefeito, o questionamento é injusto. “Reclamar de quanto já foi gasto lá é injusto. Estamos em época de campanha política e isso parece ter motivação eleitoral. Foram utilizadas mudas do nosso próprio viveiro e não teve custo nenhum”, garantiu. Nelson Trad disse que o custeio do viveiro municipal ‘ja é previsto’.

Questionamento desde 2009

Além do prejuízo com as obras de implantação e agora remoção do paisagismo no canteiro central da principal avenida de Campo Grande, a Prefeitura pode ter problemas em projetos que tentam assegurar recursos federais, caso não resolva a situação da ciclovia.

A administração municipal tenta obter no PAC (Projeto de Aceleração do Crescimento) da  Mobilidade Urbana a liberação de recursos para implantar 12 corredores de transporte coletivo em Campo Grande. Um deles é justamente na avenida Afonso Pena.

Segundo a liminar, desde 2009 uma Ação Civil Pública do Ministério Público Estadual tratava da intervenção no canteiro central da avenida Afonso Pena. Na época, o Procurador do Município disse que a remoção do canteiro não passava de uma hipótese e a 26ª Promotoria de Justiça decidiu pelo arquivamento do procedimento, aprovado pelo Conselho Superior do MPE-MS.

Em março, novamente a possibilidade de mudanças nos jardins que já haviam sido revitalizados na Afonso Pena causou clamor público. Em reunião, órgãos da Prefeitura teriam confirmado a possibilidade de nova obra no canteiro central em decorrência do PAC da Mobilidade Urbana.

Foi solicitada cópia do projeto enviado para , mas a Prefeitura disse que “o projeto dfe acessibilidade e mobilidade urbana de Campo Grande foi encaminhado para análise prévia do Governo Federal, o qual solicitou uma adequação ao projeto original para posterior aprovação e inclusão no PAC 2 – Mobilidade Grandes Cidades”.

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