Ainda a caminho de volta para Minas Gerais, a cúpula do Comitê Executivo de Belo Horizonte calcula os prejuízos em razão da gafe em sorteio da Copa das Confederações, neste sábado, em São Paulo. A confusão protagonizada pelo chef Alex Atala fez com que os dirigentes do comitê mineiro reclamassem pela interferência do erro na tabela do torneio. Internamente, também é discutida a possibilidade de se apresentar reclamação à .

“Ficamos realmente tensos no sorteio ao perceber os erros que aconteceram. Enxergamos também que é um evento em que o público desses países não costuma ir até o país sede acompanhar os jogos e contamos com isso na Copa do Mundo”, analisou Flávia Rohlfs, coordenadora executiva do Comitê de Belo Horizonte para a Copa 2014, em entrevista ao Terra. Ela admite uma discussão interna sobre como proceder após a interferência.

Atala protagonizou confusão ao definir Uruguai, seleção do Grupo B, como A3. Desconcertado com a situação, Jérome Valcke, secretário geral da entidade e que comandava o evento, declarou imediatamente: “cometemos um erro” e “isso é ruim”. Minutos depois, a Fifa informou que seu corpo técnico havia reavaliado a situação e que estava mantida a tabela, o que chateou os mineiros.
“O Uruguai certamente nos traria mais possibilidades de uma busca por esses torcedores, pois é um país vizinho. Não temos o poder de mudar o erro que aconteceu, mas lamentamos. É claro que receberemos campeões e não queremos desmerecer ninguém, mas falhas aconteceram e Belo Horizonte ficou no meio da consequência. Estamos avaliando isso (de ir à Fifa), mas ainda não tivemos tempo de decidir qual será nossa postura nesse aspecto. Vamos definir em breve”, acrescentou.

Entre os prejuízos pela gafe provocada por Alex Atala está o jogo entre Taiti contra representante africana no Estádio Mineirão, que teria o Uruguai no lugar da seleção da Oceania. Belo Horizonte ainda deixou a disputa pelo direito de receber Brasil x Itália, jogo mais atrativo da fase de grupos que vai para Salvador. Outro prejuízo calculado é o jogo entre Japão e , que ocorre em Belo Horizonte e poderia ter a seleção italiana.

Sem jogos da Itália na primeira fase, Belo Horizonte passa a ter menos chances de receber a Casa Azzurra, onde ficam concentrados os jogadores e a comissão técnica italiana nas grandes competições. Confirmar essa possibilidade era o principal objetivo do Comitê de Belo Horizonte depois da realização do sorteio neste sábado, o que pode ter ficado mais difícil após a configuração da tabela. A Itália atua em Rio de Janeiro, Fortaleza e Salvador na primeira fase.

Procurada, a assessoria de imprensa do chef Alex Atala afirmou que ele havia participado de treinamento para o sorteio já no início da manhã e que cumpriu o protocolo estabelecido pela Fifa. Atala ainda lamentou a repercussão do fato e se disse chateado pela situação.