PF apreende urna adulterada e prende 2 no interior de RO

Agentes da Polícia Federal (PF) apreenderam, em Porto Velho (RO), uma urna que foi usada nas eleições de Humaitá (AM), a 200 km da capital. Duas mulheres foram presas quando tentavam negociar a urna com representantes da coligação Humaitá em Boas Mãos, que acionaram os agentes federais. A urna estava com o selo de eleições […]

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Agentes da Polícia Federal (PF) apreenderam, em Porto Velho (RO), uma urna que foi usada nas eleições de Humaitá (AM), a 200 km da capital. Duas mulheres foram presas quando tentavam negociar a urna com representantes da coligação Humaitá em Boas Mãos, que acionaram os agentes federais.

A urna estava com o selo de eleições 2012 e as assinaturas dos mesários adulteradas. O fundo da lona tinha sido cortado, possivelmente para a retirada dos votos. De acordo com o registro da Polícia Federal, a urna foi usada nas seções 38 e 41 da 17ª Zona eleitoral, no colégio Domingos Sávio, no distrito de Auxiliadora, comarca de Humaitá, a dois de dias de barco da cidade-sede.

“Na eleição daquele distrito foram usadas dois tipos de urnas. A urna eletrônica apresentou problemas e usaram essa urna convencional, mas estranhamente a falta dela não foi registrada”, disse o advogado da coligação Humaitá em Boas Mãos, Edilson Miranda. Segundo ele, a coligação certificou junto à Polícia Civil que ninguém registrou qualquer ocorrência sobre roubo, furto ou desaparecimento da urna.

A operação para apreensão da urna foi comandada pelo delegado da PF Sandro Luiz do Valle Pereira, que hoje não foi localizado para falar sobre o assunto. Mas segundo a ocorrência 1364/12, da PF, a urna foi localizada depois que duas mulheres teriam oferecido a urna para dois representantes da coligação Humaitá em Boas Mãos, Raimundo Vivaldo França e Pedro Nazareno Oliveira da Silva.

Nos depoimentos prestados à PF, os dois relataram que ficaram sabendo da urna por meio de um vereador, filho de Roberto Rui Guerra (PP), candidato da coligação Humaitá em Boas Mãos. Segundo eles, as mulheres disseram que entregariam a urna por R$ 4 mil porque o candidato adversário, o prefeito reeleito Dedei Lobo (PMDB), pagaria R$ 3 mil pela urna.

“Eles fingiram que aceitaram o acordo e as duas pediram 40 minutos para buscar a urna e levar até a casa. Os nossos companheiros chamaram a PF, que fez a apreensão das urnas e prendeu as duas mulheres”, contou Miranda. Segundo o advogado, a coligação vai entrar com ações no Tribunal Regional Eleitoral (TER) e Ministério Público e Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Além da apreensão da urna, informou o advogado, a coligação tem dez horas de vídeo gravado com eleitores denunciando a compra de votos. Outras irregularidades foram urnas eletrônicas que sumiram entre a noite do dia 6 e a manhã de 7 de outubro e no dia seguinte mostraram fotos de candidatos diferentes dos que os eleitores votaram. “Essas urnas estavam sob a guarda do Exércio e da Justiça Eleitoral local, por isso estamos recorrendo ao TRE e CNJ”, disse.

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