Peça “Pobre Diabo Louco e seu Discurso para Moscas” é atração do Cena Som
A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul apresenta nesta quinta-feira (25), dentro do projeto Cena Som, o espetáculo “Pobre Diabo Louco e seu discurso para Moscas”, do Grupo Teatral Palco/Sociedade Dramática. A peça, que celebra quinze anos, será encenada às 20 horas, no Teatro Aracy Balabanian do Centro Cultural José Octávio Guizzo. A […]
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A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul apresenta nesta quinta-feira (25), dentro do projeto Cena Som, o espetáculo “Pobre Diabo Louco e seu discurso para Moscas”, do Grupo Teatral Palco/Sociedade Dramática. A peça, que celebra quinze anos, será encenada às 20 horas, no Teatro Aracy Balabanian do Centro Cultural José Octávio Guizzo.
A apresentação tem classificação livre e duração aproximada de 50 minutos. O monólogo é interpretado pelo ator e diretor Espedito Di Montebranco que narra os problemas enfrentados em Mato Grosso do Sul e no Brasil, contando a história de Praculá Makob, um indigente que anda perdido pelo Brasil com o sonho de chegar ao Distrito Federal e falar poucas e boas ao presidente da República.
Assim, caminha de cidade em cidade e em cada uma delas que chega pergunta: Pra que lado fica o Distrito Federal? E as pessoas respondem: Praculá. Makob foi o sobrenome que lhe deram, pois segundo a Bíblia, significa dor e sofrimento e foi o que viram nesse mendigo perdido, nesse “Pobre Diabo Louco e seu Discurso para Moscas“, onde a maioria pensa tratar-se de um louco, um doente mental e não percebem que esse é o verdadeiro cidadão, que critica e apresenta possíveis soluções para esse Brasil sofredor.
Praculá é um andarilho, um quase homem, um sonhador, aceita-se como uma metamorfose humano-lobisomem, um ser desprovido de estudo, residência fixa e até amor, porque nessas andanças descobre que a solidão é sua única companheira, sofre assim calado e percebe que as dores preconceituosas do credo, cor e raça se agarram a ele como a própria sujeira que lhe é peculiar, vive num país rico em alimento, mas que falta pão em sua própria mesa, um país quase analfabeto, mas de um povo extremamente cordial.
Espedito Di Montebranco é pernambucano, dramaturgo, iluminador, ator de teatro e televisão e diretor teatral. Começou sua vida artística em 1995 e desde então constam em seu currículo mais de 60 trabalhos em teatro, cinema e televisão e cerca de 40 prêmios dedicados às suas criações. É diretor do Grupo Teatral Palco, Sociedade Dramática (TPSD).
Dirigiu 13 espetáculos, atuou em mais 14 e gravou 45 comerciais para televisão. Foi funcionário público por cerca de 20 anos e abandonou a vida pública em 2000 para viver exclusivamente da arte. Formado em Artes Cênicas em 2005, possui registro profissional de ator, diretor e iluminador. Participou de oficinas com vários profissionais como Fernanda Montenegro, Cacá Carvalho, Humberto Pedrancini, Jonas Bloch, dentre outros.
É professor de teatro e ministrou oficinas em vários espaços de Campo Grande, dentre eles: Projeto Nessa Rua Tem Talento, Faculdade Estácio de Sá de Campo Grande, Unaes – Centro Universitário, Centro Cultural José Octávio Guizzo, além de vários municípios do Estado. Foi um dos criadores e organizadores do Festival Nacional de Teatro de Campo Grande (Festcamp), que em 2011 realizou a 5ª Edição, atingindo a marca dos 100 grupos participantes.
Estreou na literatura em 1984 quando foi premiado em 1º lugar no Concurso campo-grandense de Crônicas e Poesias “Campo Grande Meu Amor”, recebendo desde então mais de 15 prêmios em vários eventos poéticos e várias publicações em revistas especializadas.
Participou ainda de três longa metragens: Frontera (2011), com direção de David Cardoso, Terra Vermelha (2008), com Leonardo Medeiros e Matheus Nachtergaele, com direção de Marco Bechis e Cabeça a Prêmio (2009), com Eduardo Moskovis, Cassio Gabus Mendes e Via Negromonte, com direção de Marco Ricca, além de dois curta metragens: O Bebê de Maria (2000), com direção de Miguel Horta e “Espera”, (2012) da produtora Render Brasil.
Na dramaturgia possui vários textos encenados e premiados, dentre eles destacam-se: Equilibrio, Pobre Diabo Louco e Seu Discurso Para Moscas, Temos Vagas Para Sonhadores, Madalena – a menina que morava na parede, O Paridor de Poemas e o Espelho das águas, Socorro, minha casa é uma comédia, o Terceiro Quarto Amarelo e o Diário de um Homem SO’LO.
É iluminador desde 2000, criando e operando projetos de iluminação para várias companhias de dança, bandas musicais e espetáculos teatrais, destacando a circulação por 35 cidades e 13 Estados brasileiros com o espetáculo “Cultura Bovina?”, da Ginga Cia de Dança no Projeto Palco Giratório-Sesc em 2009.
O Grupo Teatral Palco/Sociedade Dramática, filiado à Associação Artística Cultural Palco de Artes Cênicas, Esporte, Lazer e Promoção Social (AACP) nasceu há 20 anos em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. Foi fundado em 1992 e em 1995 passou à coordenação de Espedito Di Montebranco.
Em 2010 o coletivo resolveu acrescentar a denominação “Sociedade Dramática”, em homenagem ao primeiro Grupo Teatral da cidade de Corumbá, criado por jovens estudantes e moças da sociedade em 1920.
O Grupo Teatral Palco, Sociedade Dramática se consolida pela atuação incessante na busca do fazer e no aperfeiçoamento da qualidade técnica de seus componentes, atuando no cenário nacional e internacional das artes cênicas com mais de 40 prêmios dedicados às suas criações, participações internacionais e menções honrosas.
Dentre as várias marcas do grupo, podemos destacar a acidez dos temas, a crítica social como elemento fundamental para a transformação da sociedade e a compreensão dos temas abordados. O constante trabalho de pesquisa em dramaturgia, direção, atuação e encenação são vividos a cada nova construção de espetáculo.
Todos os componentes do Grupo buscam estudar técnicas de iluminação, criação de trilha, confecção de figurinos e direção cênica. Buscando um maior intercâmbio e troca de conhecimento, os atores do grupo atuam ou dirigem outros trabalhos em vários grupos de Mato Grosso do Sul.
Serviço
Os ingressos têm valor promocional de meia-entrada para todos no valor de R$ 7,50. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3317-1795. O Centro Cultural José Octávio Guizzo fica localizado na rua 26 de Agosto, 453 – Centro.
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