A informação de que a súmula da derrota para o Inter registrou que “não houve nada anormal” fez Barcos até soltar um palavrão. No Palmeiras, ignorar a confusão causada pela anulação do gol de mão de Barcos, que seria o de empate, é uma prova de que o árbitro Francisco Carlos Nascimento não quer dar detalhes, que poderiam evidenciar interferência externa em sua decisão.

“Quando você está em uma posição incorreta, quanto mais fala, mais se expõe. Entendo que o árbitro, diante de uma situação dessas, preferiu se omitir. Quanto mais ele falar, mais vai se complicar. Preferiu não dizer nada porque quem nada diz não erra”, opinou o diretor jurídico do clube, Piraci Oliveira.

A súmula pode ser usada até como uma prova do Verdão em sua tentativa para impugnar a partida – o clube entrou com a ação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta segunda-feira. Existe a convicção de que repórteres deram a informação do desvio de mão ao delegado do jogo, Gerson Antonio Baluta, que repassou ao quarto árbitro Jean Pierre Goncalves Lima até o aviso chegar ao árbitro.

“A súmula diz que não houve nada de exceção, nada a relatar. Isso nos causou grande estranheza. Todo o caso é muito confuso”, disse Piraci. “Estamos muito confiantes de que o Tribunal levará isso de forma muito séria e isenta e que nosso direito pode ser acolhido, sim”, prosseguiu.

Gilson Kleina, logo após os trabalhos físicos que comandou com todo o elenco tanto no gramado da Academia de Futebol quanto na sala de musculação, lamentou bastante a súmula. “Se o documento oficial da CBF não diz nada, não tem muito o que fazer. O fato é que o delegado anulou o gol, quem está lá viu”, assegurou o técnico.

Já Barcos sorriu ironicamente antes de soltar um palavrão sobre o fato após sua entrevista coletiva nesta segunda-feira. “Estão todos falando dessa situação. Falar que não aconteceu nada é meio complicado. Tomara que tenha outro jogo para termos uma nova oportunidade”, comentou o atacante.