Padrasto esfaqueia menina e alega que foi ‘minuto de bobeira’ ao discutir com esposa
“Ela entrou no meio da nossa briga. Jamais queria machucá-la. A briga era com minha mulher e não com a criança”
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“Ela entrou no meio da nossa briga. Jamais queria machucá-la. A briga era com minha mulher e não com a criança”
O servente e ajudante de pedreiro Vitor Ferreira Gauto, de 38 anos, está detido na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro por ter esfaqueado sua enteada nesta noite de domingo (11), por volta das 20h30, na residência que fica na rua Marechal Mallet, quadra 14, lote 1,no Jardim Noroeste.
As guarnições do Tático e do 9°Batalhão da Polícia Militar foram atender a ocorrência. No local, a vítima informou que o padrasto estaria em visível estado de embriaguez e totalmente agressivo.
Segundo o registro policial, o padrasto estava obrigando a menina a fazer tarefas domésticas, mas como ele não teria gostado da forma que ela fez, ele a ameaçou com uma foice, seu instrumento de trabalho. Ela conseguiu escapar dele, mas depois Vitor pegou uma faca da cozinha e acabou golpeando a criança, acertando seu braço. A menina contou que se escondeu debaixo da cama até a chegada da mãe.
O padrasto deu outra versão sobre o incidente. Ele contou que realmente havia bebido, mas não estava completamente embrigado e disse que pediu para a menina varrer a casa, enquanto ele iria cozinhar. “Eu estava fazendo janta. Eu e minha esposa começamos a discutir. Foi um minuto de bobeira. Ela entrou no meio da nossa briga. Jamais queria machucá-la. A briga era com minha mulher e não com a criança”, contou Vitor.
O casal convive juntos há oito anos, e a esposa ainda tem mais três filhos com ele. “Briga de casal sempre acontece. Ela é praticamente minha filha, não sei explicar o que aconteceu”, desabafa o padrasto. No momento, a menina passa bem. Ontem ela foi socorrida e encaminhada ao Posto de Saúde Tiradentes, levando dois pontos no braço direito.
De acordo com o delegado de plantão, Divino Furtado de Mendonça, não há comprovação de abusos sexuais, apesar da menina ter contato que o padrasto já tentou este tipo de ato. Mesmo assim, o delegado alertou a mãe da vítima para se precaver e comprovar por meio de exames clínicos se ela já foi abusada.
O delegado informou que Vitor já possuía registros de violência doméstica e ameaças que aconteceram em 2002 e 2009. Ele foi autuado por lesão corporal e ameaça e o caso será encaminhado para a DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente). Vitor ficou detido e será liberado apenas mediante a fiança de quatro salários mínimos, R$ 2.480,00.
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