Os programas de ajuda a comunidades em situação de risco nutricional e alimentar executados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nas regiões brasileiras estão servindo de modelo para reaplicação em outros países. Na última semana, esteve em visita à sede da empresa a vice-presidente da ONG JAM-USA, Rebecca Bratter, para conhecer os programas desenvolvidos pela Conab que têm repercutido de forma positiva em âmbito internacional.

De acordo com os técnicos que receberam Bratter, a ideia é implementá-los no continente africano, por meio de um acordo de cooperação com a Conab e sob interveniência da Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRExteriores). A definição de critérios, apoios e formas de capacitação técnica será objeto de estudo nos próximos meses.

A JAM desenvolve um programa a partir de escolas situadas nos países do continente africano envolvidos, como Moçambique, promovendo a independência alimentar e nutricional dos membros das comunidades. Este programa consiste na criação de hortas que variam de um a três hectares de extensão nos estabelecimentos escolares, para a produção de alimentos para os alunos, suas famílias e membros da comunidade. O programa também gera renda por meio da venda dos excessos em feiras livres.

A experiência da Conab com os programas PAA, PGPM-Bio, Vendas em Balcão, Prohort e Refap não somente tem ajudado famílias em situação de risco, pequenos agricultores familiares, criadores de animais, unidades varejistas, escolas e instituições de beneficência como tem despertado também a atenção da comunidade internacional.

Várias delegações estrangeiras da Ásia, África e Américas do Sul e Central já visitaram a empresa este ano. Da mesma forma, no início do mês, alguns programas foram apresentados à conferência internacional realizada a Islamabad, no Paquistão, em atendimento a convite formulado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).