A Organização dos Estados Americanos (OEA) analisa a possibilidade de enviar uma missão de observadores, na primeira semana de dezembro, ao Paraguai, a fim de acompanhar os preparativos dos partidos para as eleições presidenciais de 13 de abril de 2013. A iniciativa ocorre no momento em que o Paraguai está suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Um grupo de representantes da OEA está em Assunção, capital paraguaia, para as primeiras reuniões com autoridades eleitorais e políticas. Integrantes do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral convidaram a OEA para observar o processo de escolha dos candidatos às eleições de 2013. O ex-presidente Fernando Lugo não definiu se irá disputar a Presidência da República ou uma vaga ao Senado. Pela Constituição, mesmo afastado do poder por um processo de impeachment, Lugo tem direito de concorrer às próximas eleições. Ontem (27), o chefe da missão da OEA em visita a Assunção, John Biehl del Río, demonstrou incômodo com a decisão do Mercosul e da Unasul de suspender o Paraguai. Segundo líderes regionais, a medida foi gerada pela suspeita de interrupção da ordem democrática no país. Para líderes políticos regionais, o processo de impeachment de Lugo, em 22 de junho, no Parlamento, em menos de 24 horas, não respeitou a democracia. As autoridades negam irregularidades. Em reuniões com autoridades paraguaias, Del Río surpreendeu ao manifestar opinião diferente das decisões da Unasul e do Mercosul. O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, amenizou o mal-estar, informando que não cabe à instituição comentar decisões tomadas por grupos regionais. *Com informações da agência estatal de notícias de Cuba, Prensa Latina e da agência pública de notícias do Paraguai, Ipparaguay.