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O filme “Espelho, Espelho Meu” faz releitura de Branca de Neve

Shrek, aquele grande ogro verde que tanto divertiu o mundo em 2001, também fez um grande desserviço à humanidade – e não se trata apenas de suas inúmeras continuações ou de seus derivados (alguém se lembra do “Gato de Botas”?), mas de todos aqueles que sofreram ou ainda sofrerão a sua influência: “Deu a Louca […]
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Shrek, aquele grande ogro verde que tanto divertiu o mundo em 2001, também fez um grande desserviço à humanidade – e não se trata apenas de suas inúmeras continuações ou de seus derivados (alguém se lembra do “Gato de Botas”?), mas de todos aqueles que sofreram ou ainda sofrerão a sua influência: “Deu a Louca na Chapeuzinho”, e continuação, “Enrolados”, “A Garota da Capa Vermelha”, entre outros.

Como a lista não para de crescer, a nova vítima é Branca de Neve, que é Shrek-rizada em “Espelho, Espelho Meu”, que estreia em circuito nacional em cópias dubladas e legendadas. Ainda neste ano, estreará uma versão mais sombria da fábula, “Branca de Neve e o Caçador”, com Kirsten Dunst no papel principal.

Desde que o ogro sacudiu o Reino Encantado dos contos de fada, nenhum “Era uma vez…” consegue ser o mesmo. Agora, além de referências pop, é preciso um humor ácido e uma subversão light à história. Pode ser até culpa de Katniss Everdeen, a guerreira de “Jogos Vorazes”, mas a nova Branca de Neve (Lily Collins, de “Um Sonho Possível”) não tem quase nada das velhas histórias dos irmãos Grimm. Donzela, sim; mas indefesa, não, senhor. Para garantir o seu “Felizes para sempre”, ela aprende a manejar uma espada e vai à luta.

Até a madrasta-bruxa-má que atende pelo nome de Rainha (Julia Roberts, estranhamente confortável no papel) ganha uma nova leitura, na falta de melhor palavra. Mais do que odiar a beleza nívea de Branca, ela também quer seduzir o jovem Príncipe (Armie Hammer, de “J. Edgard”), que além de belo é rico, e poderá manter os gastos da vilã. Nem os sete anões ficaram intactos e se transformam num verdadeiro catálogo étnico da nova Hollywood, querendo agradar a gregos, troianos, asiáticos e latinos.

A trama do filme segue mais ou menos os passos do original, adaptando aqui e ali o perfil dos novos personagens. A Rainha não faz apenas perguntas ao espelho, ela entra no objeto onde se encontra com uma espécie de alter-ego/consciência. Os velhos elementos que são familiares parecem nunca encontrar uma sintonia com as novidades propostas por essa versão da história. Tudo fica meio desencontrado, com um humor canhestro que pende para o pastelão.

O diretor indiano Tarsem Singh (de “A Cela” e o recente “Imortais”, em que releu mitos gregos com mais licenças poéticas’ do que qualquer “Fúria de Titãs”) é dado a exageros visuais. Por isso, direção de arte e figurinos são criativos e coloridos e funcionariam muito bem num baile de carnaval ou numa vitrine de uma loja moderninha. Neste filme, Singh tem dificuldade em conjugar elementos e transformar o apelo visual em parte da narrativa e não como uma desculpa excêntrica para cada cena.

Mesmo ao tentar trazer algum frescor à velha história, Singh e seu time de roteiristas acabam sempre voltando às origens da Branca de Neve. Um filme não é feito apenas de visual criativo, ainda mais este “Espelho, Espelho Meu” que pretende subverter o tradicional. É esforçado, mas não consegue surpreender porque, na verdade, não há muito como fugir da história que todo mundo conhece – nem quando se coloca uma dança bollywoodiana nos créditos finais.

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