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Nova espécie de camarão do Pantanal foi reconhecida na Grécia e pode ser renda extra

Um tipo de camarão comum nas águas doces do Pantanal sul-mato-grossense foi reconhecido como nova espécie pela comunidade científica mundial em junho, durante um congresso na Grécia. O Macrobraqui pantanelense, como foi batizado o crustáceo, já tem perspectiva de aproveitamento econômico e foi identificado por pesquisadores da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). […]
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Um tipo de camarão comum nas águas doces do Pantanal sul-mato-grossense foi reconhecido como nova espécie pela comunidade científica mundial em junho, durante um congresso na Grécia. O Macrobraqui pantanelense, como foi batizado o crustáceo, já tem perspectiva de aproveitamento econômico e foi identificado por pesquisadores da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).

Para provar que o animal, encontrado nas regiões pantaneiras de Aquidauana, , e Nhecolândia, faz parte de uma espécie com características distintas com relação aos outros camarões de água doce já catalogados, o grupo de pesquisadores e alunos da UEMS trabalhou nos últimos dez anos.

Ao contrário do que acontece com outras espécies que vivem em água doce, os machos do camarão pantaneiro são menores que as fêmeas.  Além disso, se desenvolve com formas, cores e tamanhos diferenciados de uma espécie comum na Amazônia, da qual foi considerado parte.

Os crustáceos do pantanal atingem, no máximo, 6 centímetros de comprimento e põem no máximo 400 ovos. Mas a principal distinção para classificação da nova espécie é a capacidade das larvas se desenvolverem em água completamente doce.

Segundo a pesquisadora, estudos morfológicos com adultos e larvas foram realizados em Aquidauana, na Alemanha e em Portugal, para confirmar que se trata de nova espécie.

“Com os avanços dos estudos, observamos que a espécie do Pantanal era uma nova espécie, enviamos materiais para uma taxonomista da Europa e a mesma identificou que realmente o camarão do pantanal é uma espécie nova, ao qual chamamos de Macrobrachium pantanalense”, diz a doutora em Aquicultura, Liliam Hayd, que conduz os estudos.

Renda extra

Agora, a viabilidade para a criação em cativeiro se tornou o foco dos estudos. Uma pesquisa em andamento no campus de Aquidauana, a 143 quilômetros de Campo Grande, já acompanha o ciclo reprodutivo e o desenvolvimento do camarão pantaneiro. A intenção é analisar os custos de criação e ainda o potencial de comercialização.

Apesar de resultados abaixo do esperado para se tornar carro-chefe em um projeto de aquicultura, a nova espécie poderia ser utilizada como cultura paralela aliada à piscicultura. Nestes casos, segundo os pesquisadores, o custo para criação do crustáceo seria praticamente zero e a produção seria uma fonte de renda alternativa.

“Podem ser criados nos mesmos tanques dos peixes e podem se alimentar das sobras de ração. O camarão come tudo, inclusive as excretas dos peixes. Dessa forma, quando ele fizer a despesca, ele acabará tirando dois produtos ao invés de um, o camarão e o peixe”, explicou Hayd. (Com informações do Agrodebate.com.br)

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