O senador Waldemir Moka (PMDB) é um dos cotados para ser indicado ao cargo de presidente do Conselho de Ética do Senado Federal. O nome do sul-mato-grossense foi citado durante encontro realizado hoje (9) entre o presidente José Sarney (PMDB-AP) e os senadores Vital do Rêgo (PMDB-PB) e Renan Calheiros (PMDB-AL).
O cargo está vago desde o licenciamento do senador João Alberto Souza (PMDB-MA), que deixou o posto no ano passado para assumir cargo no Governo do Maranhão. Sem o presidente, o pedido de abertura de processo contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) ainda aguarda deliberação.
O parlamentar goiano é acusado de possuir ligação criminosa com o empresário Carlos Cachoeira, uma das pessoas presas durante a operação “Monte Carlos”. Ele é apontado como chefe da máfia dos caça-níqueis em Goiás.
Um dos nomes mais avaliados para ocupar o cargo é o do senador Vital do Rêgo. No entanto, uma dúvida regimental adiou a confirmação do novo presidente do Conselho de Ética.
O parlamentar paraibano é responsável pela corregedoria do Senado e aguarda resposta da Secretaria-Geral da Mesa e da Advocacia-Geral do Senado sobre a possibilidade de acumular as funções.
“Confesso que fui pego de surpresa com o convite. Ao analisar o Regimento Interno, vi uma possível incompatibilidade. O corregedor, por vezes, tem que provocar o Conselho de Ética, apresentando denúncias. Porém, é o próprio presidente do Conselho que tem que julgar. Como um juiz poder julgar irregularidades apontadas por ele mesmo?”, comparou Rêgo em entrevista à Agência Senado.
Por sua vez, o presidente do Senado, José Sarney, espera nomear o novo presidente do Conselho de Ética já nesta terça-feira (10) para dar andamento aos processos que estão paralisados no órgão aguardando discussão.
Com a possibilidade de não assumir a vaga, Vital do Rêgo cogitou outros três senadores do PMDB, entre eles Waldemir Moka. O partido é o responsável pela indicação do presidente do Conselho de Ética. Além de Moka, o senador paraibano também sugeriu os nomes dos senadores Luiz Henrique (PMDB-SC) e Casildo Maldaner (PMDB-SC).
(Com Agência Senado)
