Michel Teló nasceu em Medianeira/PR, no dia 21 de janeiro de 1981. Foi no Grupo Tradição que sua carreira como vocalista tomou impulso. Cantor desde a infância, Teló se tornou conhecido no ano de 1994, como vocalista do grupo Tradição, os maiores sucessos do grupo, como “Barquinho”, “O caldeirão”, “Pra sempre minha vida”, “A brasileira” e “Eu quero você”.

De repente, “Ai se eu te pego” virou hit internacional com Cristiano Ronaldo dançando após a comemoração de um gol. De lá pra cá, a cerca de um ano, a vida do cantor que tem Campo Grande como sua terra mudou. Mas “meu sonho é voltar para cá”, declarou na coletiva realizada antes do show de aniversário de 113 anos de Campo Grande, no Parque das Nações Indígenas.

Midiamax:  Como é voltar para Campo Grande no aniversário da cidade?
Michel: Depois de tanta coisa que aconteceu em 2011 e 2012 com a minha música “Ai se eu te pego” que tocou o mundo inteiro e eu fiquei longe daqui, é incrível voltar e ver que tanta coisa mudou. Cheguei às 5 da manhã para uma missa na casa do meu tio e fiquei pensando em quantos países passei, como Croácia, Alemanha, Suíça, Romênia e Argentina, por exemplo. Vamos fazer um documentário disso e a correria me impede de morar aqui. Atualmente estou em São Paulo, mas meu sonho é poder voltar para morar aqui, andar de madrugada nos altos da Afonso Pena.

Midiamax:  Qual é o segredo para tanto sucesso? A Thaís Fersoza veio?
Michel: O segredo para o sucesso é o trabalho. Estamos lançando “Bará, berê” na Europa e isso é muito bacana, dar continuidade ao que acontece lá fora. Em 40 países, “Ai se eu te pego” esteve em primeiro lugar nas paradas e isso é muito difícil para uma música cantada em português”.  E a Thaís veio, sim.

Midiamax:  Você tem dúvidas sobre o seu destino?
Michel: Eu vim da época do baile, todo mundo dançava. Esse carisma vem de mim e Deus me mandou músicas como “Ai se eu te pego” e “Fugidinha”. O que estamos vivendo são momentos e estamos vivendo isso tudo com muita alegria. Agora vamos lançar uma música romântica. Eu acredito no trabalho e na sorte.

Midiamax:  Sobre as músicas serem monossilábicas e simples, você acredita que isso torna seu sucesso passageiro?
Michel: A gente não consegue vender mentira para as pessoas. Roberto Carlos disse recentemente que o sucesso não depende de a música ser simples ou complexa para acontecer. E “Ai se eu te pego” não é uma música monossilábica, tem uma estrofe e conta uma história, apesar de simples.

Midiamax:  Você defende tanto Mato Grosso do Sul e já o cantou em músicas. Existe alguma música nova, projeto para cantar ainda mais sobre a sua terra?
Michel: Não existe, mas tenho um sonho, que é cantar com Almir Sater, compor com ele algo que fale da nossa terra.

Midiamax:  Se você fosse escolher, ia preferir o talento ou a sorte?
Michel: Eu prefiro os dois, é claro. Não quero escolher um só! (risos). Mas é preciso saber trabalhar para chegar ao talento e ao sucesso, depois a sorte vem junto. Eu passei o ano todo visitando quase todas as rádios do País para divulgar meu trabalho, são 19 anos de dedicação à música.

Midiamax: Você acredita que Mato Grosso do Sul é o berço do sertanejo universitário ou acha que daqui também podem sair bandas de rock de sucesso também, como a Pitty que se destacou na Bahia com outro tipo de música além do Axé. Seu primo toca rock, acha que o futuro da música é promissor?
Michel: Eu não entendo muito de outro estilo que não o meu, mas meu primo toca rock pesado mesmo(risos). Quando é feito com verdade, dá certo e no que depender de mim vou dar todo o apoio para que ele cresça.