Equipados com taser, arma de choque não letal, e cães farejadores, militares trabalham para impedir rebelião de menores infratores

Cerca de 20 homens da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) invadiram a Unei (Unidade Educacional de Internação) Dom Bosco, em Campo Grande, para conter um princípio de rebelião na manhã desta quinta-feira (20).

Após as aulas, os menores atearam fogo em pelo menos quatro novos colchões dos alojamentos, reivindicando melhorias. No momento da açãos dos infratores, professores estavam na unidade e  conseguiram sair a salvo.

De acordo com o capitão da Cigcoe, Vilmar Fernandes, que comanda a ação do Cigcoe, os militares que invadiram a unidade estão aparelhados com taser, arma de choque não letal, além escudos, cassetetes e três cães do CDC (Cães para conter o Distúrbio Civil) da Roca (Rondas e Operações com Cães). Três viaturas da Companhia estão no local, neste momento.

O coordenador pedagógico da Unei Dom Bosco Fábio Luiz Roque afirma que, no início da manhã, a rotina na unidade era normal. Os internos tiveram aulas de química, artes, história e português. Ao retornar para o alojamento, por volta das 10h, os menores deram início ao incêndio de colchões. Os cinco professores que trabalhavam foram orientados a deixar o local.

De acordo com Luiz Roque, os infratores reivindicam, dentre outras coisa, melhor condição na alimentação da Unei Dom Bosco. Em menos de três meses, está é o segundo princípio de rebelião na unidade. Em junho, 11 menores renderam a professora Marilza Pereira Chaves, 40 anos, durante aula de informática. Marilza foi liberada sem ferimentos. A Cigcoe continua no local para impedir a rebelião dos jovens.