D. Sônia disse em entrevista ao Midiamax que teme ser deixada para fora, como uma estratégia da acusação para ajudar a inocentar Bruno Fernandes e os demais réus.
Assim como ocorreu com Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, que há dois anos foi impedida de assistir grande parte do julgamento dos assassinos da filha, a mãe de Eliza Samúdio, D. Sônia Fátima Moura, 46 anos, teme ser ‘deixada para fora’, como uma estratégia da acusação para ajudar a inocentar Bruno Fernandes e os demais réus.
“O advogado da parte deles vai querer me desqualificar a todo o momento e com isso temo que esse caso seja mais um que fique na impunidade. No caso de mãe da Isabella, ela sofreu, mas assistiu a condenação e quero o mesmo no caso da minha filha”, diz D. Sônia ao Midiamax, pouco antes de partir para Contagem (MG), região metropolitana onde ocorre o julgamento nesta segunda-feira (19).
Caso questionado, D. Sônia pretende falar nada muito diferente do que já consta no inquérito policial. “Podem falar que ela é ‘maria chuteira’ ou o que quiserem, mas fosse o que fosse nada dava ao direito de ela ser morta. As ameaças, a perseguição, a tentativa de matar o meu neto e tudo o que minha filha sofreu tem de ser visto”, comenta a mãe de Eliza Samúdio.
Desaparecimento
Para a polícia, a ex-amante do atleta, desaparecida desde junho de 2010, foi levada a Minas Gerais pelo amigo de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e pelo primo do goleiro, Jorge Lisboa Rosa, com a falsa promessa do reconhecimento da paternidade do filho da ex-modelo e um apartamento.
A partir daí, Eliza teria sido mantida em cárcere privado no sítio de Bruno em Esmeraldas (MG), até ser levada por Bruno, Macarrão, Jorge e outro primo, Sérgio Rosa Sales, até a casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que a teria matado, dado partes do corpo dela a cães e sumido com o restante. Ainda de acordo com a polícia, a intenção do grupo era matar também o filho de Eliza, mas Bruno teria intercedido.
Bruno e Macarrão vão sentar no banco dos réus para responder pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado. Bola também responderá pelos mesmos crimes e por ocultação de cadáver.
As ex-mulheres do goleiro, Dayanne do Carmo (legítima) e Fernanda Gomes Castro (amante) serão julgadas pelos crimes de sequestro e cárcere privado. Os júris de Wemerson Marques Souza, o Coxinha, e de Elenílson Vítor da Silva, também acusados no processo, foram desmembrados e serão realizados no ano que vem.
(Com informações do site Terra)