O Bradesco encerrou o primeiro trimestre com lucro ligeiramente maior que o registrado um ano antes e um pouco abaixo do esperado pelo mercado, apesar de um crescimento de 20% nas provisões para dívidas de difícil recuperação. O segundo maior banco privado do Brasil registrou lucro líquido de R$ 2,793 bilhões no primeiro trimestre, crescimento de 3,4% ante igual período de 2011. Sobre os três últimos meses do ano passado, houve crescimento de 2,5%.

Analistas consultados pela Reuters esperavam lucro líquido de primeiro trimestre de R$ 2,853 bilhões para o Bradesco, em meio a um crescimento lento da economia no período e expectativas de aumento de despesas maiores com provisões pelo setor.

O banco informou que a carteira de crédito no primeiro trimestre cresceu 14,6% no comparativo anual, para R$ 350,83 bilhões, impulsionado por incrementos de 17% nos empréstimos à pessoa jurídica e de 9,4% para pessoa física.

Mas as provisões para devedores duvidosos vieram num ritmo mais acelerado que o crescimento da carteira, avançando 20% sobre um ano antes, para R$ 20,12 bilhões. No quarto trimestre, o volume de provisões havia sido de R$ 19,54 bilhões.

Enquanto isso, o índice de inadimplência de operações de financiamento vencidas há mais de 90 dias foi de 4,1% no trimestre passado, ante 3,9% no quarto trimestre de 2011 e 3,6% entre janeiro e março do ano passado.

O Bradesco fechou o trimestre com ativos totais de R$ 789,55 bilhões, alta de 17% sobre os três primeiros meses de 2011. Já o retorno sobre patrimônio líquido médio anualizado fechou em 21,4%, ante 24,2% no primeiro trimestre do ano passado.