Mato Grosso do Sul começa a fazer parte da lista dos Estados livres de fumódromos. O estado ganha esta classificação após a publicação da Lei nº 4.256 no Diário Oficial no dia 4 de outubro, que revoga o Art. 3 º da Lei nº 3.576, que determinava a disposição de salas e recintos destinados exclusivamente aos fumantes, com ventilação e adequados às medidas de prevenção a incêndios.

Atualmente, sete estados fazem parte do grupo que já conta com a lei antifumo: Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Roraima, Paraíba e Paraná. Para a coordenadora da Gerência Técnica de Prevenção e Controle do Tabagismo da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES/MS), Tina Carvalho, a retirada dos fumódromos representa um grande passo na conscientização da população do Estado, porém é necessário que as medidas de controle continuem constantes. “Reduzimos a níveis toleráveis em relação ao consumo de tabaco em Mato Grosso do Sul. Mas as medidas de conscientização devem continuar. Conseguimos este resultado graças à constante vigilância e conscientização que a população vem realizando. Este mesmo compromisso deve ser intensificado cada vez mais nos municípios do interior, para que este índice não seja algo passageiro”, destacou a coordenadora.

O tabagismo causa cerca de 50 doenças diferentes, principalmente as cardiovasculares como hipertensão, infarto, angina e derrame. Ele é responsável por mortes por câncer de pulmão, de boca, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, rim e bexiga e pelas doenças respiratórias obstrutivas como a bronquite crônica e enfisema pulmonar.

A fumaça do cigarro é a principal forma de contágio. Ela possui 4.720 substâncias tóxicas diferentes, incluindo a nicotina, que é a causadora do vício e é cancerígena. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil já registrou uma discreta redução de fumantes entre 2010 e 2011 e passou de 15,1% para 14,8%. Em 2006, o País tinha 16,2% de fumantes. Para o Ministério da Saúde, medidas como a proibição dos fumódromos, o aumento de preços do cigarro e a proibição do uso de aditivos devem, juntas, ter um impacto significativo na redução do tabagismo nos próximos anos.