Julio Cesar quebra silêncio e admite: não pode mais errar em decisão

O goleiro Julio Cesar, que estava calado desde domingo (22), quando falhou duas vezes na derrota do Corinthians para a Ponte Preta, quebrou o silêncio nesta quarta-feira (25). Com semblante tranquilo, o camisa 1 se disse pronto para enfrentar o equatoriano Emelec nas oitavas de final da Libertadores, mas reconheceu que está sob enorme pressão. […]

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O goleiro Julio Cesar, que estava calado desde domingo (22), quando falhou duas vezes na derrota do Corinthians para a Ponte Preta, quebrou o silêncio nesta quarta-feira (25). Com semblante tranquilo, o camisa 1 se disse pronto para enfrentar o equatoriano Emelec nas oitavas de final da Libertadores, mas reconheceu que está sob enorme pressão.

“Sei que erros em situações decisivas não podem mais acontecer”, disse o arqueiro, que chegou à sala de imprensa acompanhado do gerente de futebol Edu Gaspar e do diretor adjunto Duílio Monteiro Alves, que enviaram mensagens de apoio no dia seguinte à partida.

“Quem já jogou no Corinthians sabe que, independente de ser mata-mata, final ou amistoso, a pressão é para que você não erre. A paciência vai acabando, mas fico tranquilo porque já fiz muita coisa boa aqui. Se nunca tivesse feito nada bom, poderia estar mais preocupado”, emendou.

Cria da base alvinegra, Julio Cesar se tornou titular após a saída de Felipe, em 2010. De lá para cá, cometeu erros cruciais em pelo menos três jogos decisivos: no fim daquele ano, saiu chutando errado e deu um gol de presente para Felipe Amorim no empate por 1 a 1 com os reservas do Goiás, resultado que custou uma vaga direta na Libertadores e obrigou o Timão a enfrentar o Tolima; meses depois, não segurou chute fraco de Neymar no jogo que deu ao Santos o título paulista de 2011; domingo, aceitou falta batida por Willian Magrão no primeiro gol da Ponte e cobrou tiro de meta nas costas de Leandro Castán antes de fechar mal o ângulo de Rodrigo Pimpão no terceiro.

A posição nunca esteve tão ameaçada quanto agora, já que o técnico Tite deixou a vaga em aberto para os jogos decisivos da Libertadores e pode dar chance a Danilo Fernandes, também revelado pelo clube, ou Cássio, trazido neste ano após passagem pelo PSV Eindhoven, da Holanda.

O único que teve chance de assumir a posição foi Renan, que foi contratado do Avaí para ser uma espécie de sombra, engatou sequência quando o titular se contundiu durante o Brasileirão e falhou seguidas vezes antes de ser encostado e emprestado ao Vitória. Apontado pela comissão técnica como um dos destaques do título nacional do ano passado, Julio precisa provar a Tite que as novas falhas não abalaram sua confiança.

O prazo é razoavelmente longo, já que o jogo de ida contra o Emelec está marcado somente para o dia 2 de maio, no Equador. “É difícil falar pelo treinador, não quero entrar nesse mérito. Quem decide é ele, mas não acho que estou mal. Errei em dois gols importantíssimos, mas acho que estou fazendo um ano muito bom, muito regular. Se ele perguntar como eu estou, tenho que falar que estou bem”, opinou.

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