O advogado Flávio D’Urso, presidente da OAB/SP por dois mandatos, é o novo advogado de Semy Ferraz na AP 605, que aguarda julgamento no STF

Um fato novo promete colocar mais lenha na fogueira do já controverso julgamento da Operação Vintém no Supremo Tribunal Federal.

Embora as atenções do STF estejam voltadas para o julgamento do suposto “mensalão” do governo Lula, que vai ocorrer em agosto, a promessa da ministra Cármen Lúcia, relatora da Ação Penal 605, de julgar todos os processos que envolvam nomes de candidatos, antes das eleições, tem tudo para se materializar.

Semy Ferraz acaba de contratar para representá-lo perante o STF o jurista Flávio D’Urso, presidente em exercício da Ordem dos Advogados de Brasil, seção de São Paulo. Desde o dia 19 de julho, o advogado criminalista, com formação internacional, supriu um espaço que estava em branco na defesa de Semy no STF, por falta de advogado.

Site oficial do escritório de advocacia de D‘Urso e Borges informa que o advogado possui “mestrado e doutorado em Direito Penal pela Faculdade de Direito da USP e pós-graduação na área criminal pela Faculdade de Direito Castilla-La Mancha, na Espanha”.

D’Urso também foi membro do Conselho Nacional de Segurança Pública e do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciário, órgãos do Ministério da Justiça.

Dentre os casos de repercussão conduzidos por D’Urso está a defesa da família de Marcos Matsunaga, recentemente assassinato de pela ex-mulher Elize Araújo Matsunaga.

Sondado para o cargo de vice-prefeito por vários candidatos paulistanos, Flávio D’Urso (PDT) terminou fechando acordo político com Celso Russomano (PRB), que está tecnicamente empatado com José Serra (PSDB), em pesquisa do DataFolha do último dia 21 de julho

Caso aguarda data de julgamento no STF

Desde o último dia 20 de julho, a Ação Penal 605 está com seu andamento “concluso” nas mãos da ministra Cármen Lúcia, depois de pedido de exame (vista) do Ministério Público Federal (MPF).

O próprio procurador Geral da República, Roberto Gurgel, foi quem pediu a condenação do deputado federal Edson Giroto (PMDB), André Puccinelli Junior, Mirched Farah Jr e Edmilson Rosa como autores do crime de “Denunciação Caluniosa”.

Isoladamente, o “Rosinha” assumiu a culpa da colocação de santinhos grampeados com cédulas de R$ 20,00 em carro de campanha de Semy Ferraz, para prejudicar o então deputado de oposição ao governador André Puccinelli. O MPF discorda.

As principais provas da AP 605, gravações da Polícia Federal que atestam a participação dos réus no suposto crime, segundo a denúncia do MPF, haviam desaparecido na Justiça Federal mas foram recuperadas por determinação da ministra Cármen Lúcia.

Em trecho do programa “Momento Cidadania”, da TV Aberta de São Paulo, o advogado de Semy Ferraz demonstra um pouco do seu perfil político. Confira