Inflação desaba no último mês e taxa de juros deve cair mais

A presidente Dilma Rousseff ganhou ontem uma arma poderosa para manter firme a pressão contra os juros extorsivos cobrados pelos bancos. A inflação, que todos os analistas olhavam com ressalva, despencou no mês passado, aliviando o orçamento das famílias e reduzindo os riscos de disparada da inadimplência. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) […]

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A presidente Dilma Rousseff ganhou ontem uma arma poderosa para manter firme a pressão contra os juros extorsivos cobrados pelos bancos. A inflação, que todos os analistas olhavam com ressalva, despencou no mês passado, aliviando o orçamento das famílias e reduzindo os riscos de disparada da inadimplência. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de apenas 0,21%, o segundo menor resultado para meses de março desde 1994, quando foi editado o Plano Real. No acumulado do primeiro trimestre, a taxa cravou elevação de 1,22%, o patamar mais baixo em 12 anos.

“Só temos a comemorar”, disse um dos assessores mais próximos da presidente Dilma. “Esses números confirmam que estamos no caminho certo. Tanto o Banco Central deve continuar cortando a taxa básica de juros (Selic) quanto os bancos precisam reduzir os custos dos empréstimos e dos financiamentos a empresas e aos consumidores”, acrescentou. Na avaliação do Palácio do Planalto, com os preços subindo a um ritmo mais fraco, o poder de compra dos lares vai melhorar. E é para isso que os bancos devem olhar. “É inacreditável o fato de as instituições financeiras sequer estarem repassando à clientela os cortes da taxa Selic, iniciado em agosto do ano passado. É ganância demais”, frisou.

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