Indústria pede aos EUA tratamento igual e menos tributação

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, pediu nesta segunda-feira que os Estados Unidos diminuam as exigências e facilitem a entrada de brasileiros em território americano. Em discurso feito hoje na sede da CNI, em Brasília, Andrade falou a ministros americanos e à secretária de Estado daquele País, Hillary Clinton. Andrade também […]

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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, pediu nesta segunda-feira que os Estados Unidos diminuam as exigências e facilitem a entrada de brasileiros em território americano. Em discurso feito hoje na sede da CNI, em Brasília, Andrade falou a ministros americanos e à secretária de Estado daquele País, Hillary Clinton.

Andrade também apelou às autoridades americanas que reduzam os subsídios dados aos produtos daquele país, o que prejudica a concorrência com bens importados. Segundo o empresário, as duas nações devem buscar uma agenda comum, que inclua a desoneração de investimentos bilaterais, a facilitação do trânsito de pessoas e o debate sobre barreiras não-tarifárias.

“A facilitação do fluxo de pessoas a negócios ou a turismo, o incremento do comércio, o crescimento dos investimentos e um tratamento mais equânime fazem parte da estratégia do Conselho Empresarial Brasil – Estados Unidos e merecem nosso apoio”, destacou o presidente da CNI.

O presidente da CNI também pediu o fim da bitributação no comércio entre Brasil e EUA – que é o resultado do recolhimento de impostos similares nos dois países, cobrado de um mesmo contribuinte, pelo mesmo bem e pelo mesmo período de tempo. Os países discutem um acordo para acabar com a bitributação. “A celebração de um acordo para evitar a bitributação continuará entre nossas prioridades. A bitributação onera empresas e desvia investimentos e comércio para terceiros países”, disse.

Andrade destacou investimentos financiados por empresas americanas, como projetos em petróleo e gás (que devem receber mais de US$ 225 bilhões nos próximos anos), seis hidrelétricas e complexos hoteleiros, com vistas à realização da Copa do Mundo em 2014. Em visita de dois dias a Brasília, Hillary terá além dos compromissos com empresários, compromissos com o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, e também reunião de diálogo de parceria global entre os dois países. Na pauta bilateral, serão tratadas as reformas de instituições, questão de paz e segurança internacional.

A visita da secretária faz parte de uma sequencia de viagens que começou na Colômbia e ainda incluirá a Bélgica. Hillary vem ao Brasil uma semana após a visita bilateral da presidente Dilma Rousseff a Washington, onde foi recebida pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Os Estados Unidos são o segundo principal parceiro comercial do Brasil. Em 2011, o fluxo de comércio entre os dois países atingiu US$ 60 bilhões, o que representa aumento de 37% em relação ao registrado em 2007. O Brasil é a sexta maior fonte de visitantes para os Estados Unidos. Os Estados Unidos são a segunda maior origem de visitantes para o Brasil.

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