Índios protestam contra julgamento das cotas raciais e são expulsos do plenário do Supremo

Dois indíos foram expulsos do Supremo Tribunal Federal (STF) por atrapalhar a sessão de julgamento da constitucionalidade do sistema de cotas raciais nas universidades públicas. Durante o voto do ministro Luiz Fux, os índios Araju Sepeti Guarani e Carlos Pankararu iniciaram uma manifestação no plenário e foram repreendidos mais de três vezes pelo presidente da […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Dois indíos foram expulsos do Supremo Tribunal Federal (STF) por atrapalhar a sessão de julgamento da constitucionalidade do sistema de cotas raciais nas universidades públicas. Durante o voto do ministro Luiz Fux, os índios Araju Sepeti Guarani e Carlos Pankararu iniciaram uma manifestação no plenário e foram repreendidos mais de três vezes pelo presidente da Suprema Corte, Carlos Ayres Britto.

Após alguns minutos, Britto suspendeu a sessão até que eles fossem retirados do local. Com pedidos de socorro e gritos ofensivos aos ministros, os dois índios foram imobilizados e retirados à força por um grupo de seguranças do Tribunal. Os índios criticaram o fato de que só o sistema de cotas raciais esteja em julgamento.

“Igualdade é negro, é cigano, é índio, são todos. Defendemos a cota para indígenas”, disse Carlos Pankakaru. A Universidade de Brasília (UnB) foi a primeira instituição federal de ensino a instituir o sistema de cotas, em junho de 2004. Atos administrativos e normativos determinaram a reserva de 20% das vagas a candidatos negros (pretos e pardos).

A comissão que implementou as cotas para negros também foi responsável pelo convênio entre a UnB e a Fundação Nacional do Índio (Funai), firmado em 12 de março de 2004, para fdacilitar o acesso de índios ao ensino superior.

Conteúdos relacionados