Hong Kong poderá impedir mães vindas da China de dar à luz em hospitais públicos no próximo ano para diminuir a superpopulação nas maternidades locais, informou o chefe de saúde da cidade nesta terça-feira (17).

Desde que passou para o domínio chinês em 1997, Hong Kong tem se beneficiado da sua crescente integração com a China. No entanto, o acesso irrestrito dos chineses aos serviços públicos da cidade densamente povoada também causou tensões sociais.

“Agora, esperamos que em 2013 todos os serviços obstétricos dos hospitais públicos possam ser reservados para grávidas locais”, disse York Chow a repórteres. Os comentários foram feitos depois que o líder eleito do centro financeiro, Leung Chun-ying, afirmou que os hospitais privados devem barrar mães chinesas e seus recém-nascidos não poderão mais pedir residência permanente na cidade.

“Se elas entrarem com pedido agora e se prepararem para vir a Hong Kong no próximo ano para ter seus bebês, muito provavelmente seus bebês não terão status de residente permanente em Hong Kong, porque quando eu assumir o cargo, certamente vou trabalhar nisso”, disse Leung à Hong Kong Cable Television, em entrevista nesta terça-feira.

Leung foi escolhido em março para suceder Donald Tsang por um comitê eleitoral de 1200 membros, sendo a maioria pró-Pequim, em uma votação manchada por escândalos e denunciada por manifestantes como tendo a influência de líderes de Pequim nos bastidores.