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Grandes fabricantes investem em cachaças premium; ’51 de luxo’ custa R$ 140

Grandes fabricantes de cachaça estão apostando na sofisticação do consumo no Brasil para criar versões envelhecidas, e mais caras, de seus produtos. Velho Barreiro, 51, Pitú e Ypióca são algumas das marcas que ganharam versões premium nos últimos meses, a preços que facilmente passam de R$ 100. O Brasil produz hoje, em média, 700 milhões […]
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Grandes fabricantes de cachaça estão apostando na sofisticação do consumo no Brasil para criar versões envelhecidas, e mais caras, de seus produtos. Velho Barreiro, 51, Pitú e Ypióca são algumas das marcas que ganharam versões premium nos últimos meses, a preços que facilmente passam de R$ 100.
O Brasil produz hoje, em média, 700 milhões de litros de cachaça por ano, segundo o Ibrac (Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento da Cachaça). As vendas de cachaças tradicionais estão estáveis; já as de cachaças premium crescem cerca de 7% ao ano, segundo o diretor do Ibrac César Rosa.
Os grandes fabricantes passaram a olhar para esse nicho. É um tipo de produto que tem valor mais alto e um público consumidor que também é formador de opinião, das classes A e B”, diz Rosa.
Para o cachacista Jairo Martins, o consumidor brasileiro tem mudado seu olhar em relação ao produto, que antes era visto com preconceito. “A cachaça passou a ser vendida em restaurantes mais sofisticados, e o brasileiro passou a privilegiar a qualidade”, diz.
Empresas estão de olho no público da Copa e das Olimpíadas
Os fabricantes têm ao seu lado, também, o recente reconhecimento que a cachaça teve dos Estados Unidos como produto tipicamente brasileiro, o que deve aumentar as exportações para aquele país.
A realização da Copa e das Olimpíadas no Brasil também tende a estimular as vendas do produto, esperam as empresas. “A cachaça sempre foi, de alguma forma, ofuscada pela caipirinha. Isso começa a mudar”, afirma Martins.
César Rosa, do Ibrac, é também presidente da Velho Barreiro, uma das empresas que têm investido no segmento premium. A empresa lançou a Velho Barreiro Diamond, cujo preço varia de R$ 90 a R$ 120.
Uma edição especial do produto, vendida sob encomenda, foi lançada em uma garrafa cravejada de diamantes e pedras preciosas, e anunciada como a cachaça mais cara do mundo. O preço é R$ 212 mil.
Fabricante da 51, a Companhia Müller de Bebidas também colocou no mercado sua cachaça premium, a Reserva 51, envelhecida em barris de carvalho e vendida em uma garrafa francesa. O preço é R$ 140.
Outra grande fabricante a apostar no segmento é a Ypióca, comprada recentemente pela britânica Diageo. Entre os produtos da empresa voltados ao segmento está uma edição em comemoração aos 160 anos da Ypióca, uma aguardente extrapremium envelhecida por seis anos em tonéis de carvalho, que custa R$ 72.
A pernambucana Pitú criou a Pitú Gold Premium, envelhecida em barris de carvalho americano por dois anos e vendida tanto no mercado interno como externo.
Premium, Extrapremium e Reserva Especial
Para uma cachaça ser considerada premium, ela precisa ser envelhecida em um tonel de madeira por pelo menos um ano, diz o especialista Jairo Martins. Entre as madeiras usadas no envelhecimento estão o carvalho, a amburana e o jequitibá.
Se o prazo for de pelo menos dois anos, ela já pode ser chamada de “extrapremium”. Se for envelhecida por um prazo superior a três anos, entra na categoria “Reserva Especial”.
Martins diz que muitas cachaças artesanais, de alambique, sempre foram consideradas premium e atraíram um público mais exigente. “Mas elas têm uma produção mais restrita, de pequena ou média escala, e até por isso não concorrem com as grandes empresas.”
O cachacista cita, entre as cachaças artesanais classificadas entre as melhores à venda no país, a Volúpia, da Paraíba, a Sanhaçu (PE), a Retiro Velho e a Havana/Anísio Santiago (MG), a da Quinta (RJ) e a Do Rei (SP).

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