O governo anunciou nesta quarta-feira mais uma medida para facilitar a entrada de dólares no País, diminuindo de dois anos para um o prazo de empréstimos externos no qual incide o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6%.

“É uma conjuntura em que as empresas estão precisando de mais caixa”, disse Dyogo Oliveira, secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, acrescentando que espera um aumento do fluxo de dólares com a medida.

O decreto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) e vem na sequência de outra medida do Banco Central divulgada na terça-feira, na qual elevou de 360 dias para 5 anos o prazo para isenção de taxação na modalidade de pagamento antecipado.

O BC tem atuado com mais força no mercado de câmbio desde o início da semana, visando fornecer liquidez e impedir uma alta muito rápida do dólar.

A alteração sobre a modalidade de pagamento antecipado de exportações foi anunciada depois de o BC ter feito na segunda-feira dois leilões de swap cambial tradicional – que na prática equivale a uma venda de dólares no mercado futuro – e dois leilões de venda de dólares conjugados com compra.

Diante desse cenário, o dólar recuava nesta quarta-feira pela terceira sessão seguida. Às 10h18, a moeda americana caía 0,35%, para R$ 2,1086 na venda.

Em junho, o governo já havia decretado a redução do prazo sobre empréstimos externos que têm incidência da alíquota do IOF de 6 por cento para dois anos, ante prazo anterior de até cinco anos. Na época, o governo reagia à recente valorização do dólar ante o real e à crise internacional.