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Google e James Cameron unem forças para impulsionar mineração espacial

Empresa financiada por diretor de cinema e fundador do Google vai procurar por asteroides cheios de metais preciosos nas redondezas da Terra
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Empresa financiada por diretor de cinema e fundador do Google vai procurar por asteroides cheios de metais preciosos nas redondezas da Terra

No filme Avatar, do diretor americano James Cameron, os terráqueos resolveram o problema da falta de metais preciosos explorando uma lua chamada Pandora. Agora, o diretor americano pretende transformar ficção em realidade. Uma nova empresa, chamada Planetary Resources, financiada por Cameron e outros ricaços como Larry Page, diretor-executivo do Google, pretende minerar asteroides próximos à Terra. A empreitada foi revelada nesta segunda-feira pelo site Space.com e deve ser apresentada oficialmente nesta terça-feira. 

A ousada iniciativa é encabeçada por Eric Anderson, um dos fundadores da empresa. A premissa é simples: muitos asteroides são ricos em metais raros na Terra, como platina, paládio e ouro. Um desses corpos celestes pode conter mais metais raros do que já foi minerado em toda a história da humanidade.

Negócio rentável

Além de metais raros, os asteroides também possuem água – e água tem muita utilidade no espaço. “Ela não seria usada apenas para hidratação, mas também para se produzir oxigênio e hidrogênio, ar respirável e combustível para os foguetes”, disse Anderson. Recorrendo às contas bancárias dos investidores, seria possível incrementar a tecnologia de foguetes atual para estabelecer uma rede mineradora nos asteroides mais valiosos do Sistema Solar. Uma vez estabelecida a rede, o custo da operação seria reduzido.

Loucura ou genialidade, o projeto com jeito de ficção científica está sendo apoiado por grandes empreendedores e figurões do Vale do Silício. De acordo com a rede americana ABC, além de Cameron e Page, Eric Shcmidt, presidente do Google, e Charles Simonyi, turista espacial bilionário que já pagou para ir ao espaço duas vezes, também estão na lista de financiadores. Se der certo, a iniciativa pode abrir o caminho para a exploração espacial no Sistema Solar, algo que hoje pesa nos ombros das cada vez mais pobres agências espaciais.

Obstáculos

Apesar do fôlego financeiro e do apoio de grandes entusiastas do espaço, a empresa terá que vencer algumas etapas trabalhosas. A primeira é o trabalho de prospecção. De acordo com Anderson, dos 8.900 asteroides conhecidos próximos da Terra, 150 (segundo as estimativas mais otimistas) são ricos em água e mais fáceis de serem alcançados do que a superfície da Lua. O trabalho inicial da Planetary Resources será identificar e caracterizar os candidatos.

Para fazer o censo espacial, a empresa vai colocar na órbita da Terra nos próximos dois anos uma série de telescópios que ela própria desenvolveu. Os equipamentos farão observações e servirão de modelos para futuros dispositivos que vão se aproximar dos asteroides mais promissores para analisá-los com mais precisão. A fase de prospecção, segundo Anderson, vai durar cerca de dois anos.

Outro problema que a empresa mineradora precisará resolver é a questão legal. Não existem leis que regulem os direitos de propriedade no espaço. A situação é vista por dois lados. Um deles defende a existência de regulamentação para proteger os direitos de potenciais investidores. O outro compara a exploração dos minérios espaciais à extração de minério no fundo do mar, em zonas neutras, que não pertencem a nenhum país.

“Eles são ricos”

Eliminados os obstáculos, a empresa pretende enviar robôs para fazer a extração dos minerais e possivelmente algum tipo de refino antes de enviá-los de volta à Terra. Outro plano considerado pela Planetary Resources é aproximar o asteroide do planeta usando motores especiais. De acordo com um estudo patrocinado pela Caltech, nos Estados Unidos, um astro de 500 toneladas próximo à Terra poderia ser capturado e arrastado até a órbita da Lua até 2025 a um custo de 2,6 bilhões de dólares.

Não é possível dizer se a empreitada espacial vai funcionar. O físico Michio Kaku, protagonista de documentários no Discovery Channel e na BBC onde apresenta de forma didática as grandes descobertas da física moderna, está otimista. “Acho que eles (Space Resources) são parte loucos, parte gênios”, disse em entrevista a ABC. “Mas o ponto é: eles são ricos.”

 

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