Os restos fossilizados de um diprotodonte, um marsupial gigante do tamanho de um rinoceronte que habitou a Terra na era do Pleistoceno, foram encontrados no norte da Austrália.

O esqueleto fossilizado foi descoberto por um trabalhador em uma fazenda de gado situada a dez horas em carro da cidade de Darwin, no Território Norte, e foi entregue há um mês às autoridades australianas, segundo informou a agência local “AAP”.

Os restos, os primeiros de um diprotodonte descobertos no Território Norte, não incluem o crânio, mas as costelas, quadril, espinho dorsal e patas traseiras.

Adam Yates, do departamento de Ciências Terrestres do Museu da Austrália Central, espera que a descoberta ajude a dissipar a incógnita em torno do desaparecimento destes animais, que alguns analistas acreditam ter sido causado pelo ser humano, enquanto outros o atribuem a outros fatores.

“Qualquer jazida da era do gelo no norte tropical da Austrália é muito, mas muito rara”, comentou Yates, que considera que a chegada dos seres humanos à Austrália “é significativa” para explicar a extinção da megafauna da ilha-continente.

O diprotodonte era um marsupial da era do Pleistoceno que caminhava em quatro patas e se parecia com o vombate, embora tivesse o tamanho de um rinoceronte ou um hipopótamo.

Estes animais de três metros de comprimento e dois metros de altura tinham um par de incisivos proeminentes, mas eram herbívoros e habitavam as florestas abertas e planos semi-áridos da Austrália.