Pular para o conteúdo
Geral

FMI quer mais dinheiro dos BRICS

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, reforçou nesta quinta-feira seu pedido para que os países Bric – Brasil, Rússia, Índia e China – aportem mais recursos para a instituição. Abrindo a temporada de reuniões do FMI e do Banco Mundial em Washington, Lagarde disse que os Brics “têm em comum o fato […]
Arquivo -

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, reforçou nesta quinta-feira seu pedido para que os países Bric – Brasil, Rússia, Índia e China – aportem mais recursos para a instituição.

Abrindo a temporada de reuniões do FMI e do Banco Mundial em Washington, Lagarde disse que os Brics “têm em comum o fato de valorizar o multilateralismo”, em um chamamento quase explícito à boa vontade do grupo para participar no reforço ao caixa da instituição.

“(O termo) Bric é uma bela denominação criada pela Goldman Sachs. Mas eles têm diferentes questões, como câmbio e fluxos de capital, têm diferentes programas de crescimento com inclusão”, disse Lagarde, respondendo à pergunta de um jornalista chinês sobre a contribuição financeira do grupo para o FMI.

“Certamente o que eles têm em comum é sua dedicação ao multilateralismo, e isto certamente será demonstrando pelos vários números, incluindo cada um dos que você está pensando, espero, até o fim da Reunião de Primavera.”

Durante o encontro, que vai até domingo, o FMI quer levantar US$ 400 bilhões para reforçar o poder de fogo do Fundo contra a crise na zona do euro.

Poder de decisão

O ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, que participa de reuniões nesta quinta-feira na capital americana, já disse no início da semana que o Brasil só vai aportar mais recursos ao FMI se a contribuição for acompanhada de mais poder de decisão na instituição.

Não se sabe de quanto poderia ser o aporte dos Bric ao FMI. Em 2009, eles emprestaram ao caixa da entidade US$ 80 bilhões adicionais (US$ 50 bilhões da China e US$ 10 bilhões de cada um dos outros).

Na quarta-feira, Lagarde disse que o FMI já conseguiu US$ 320 bilhões, principalmente dos países da zona do euro (cerca do US$ 200 bilhões), Japão (US$ 60 bilhões), países nórdicos como Suécia, Noruega e Dinamarca e, na quarta-feira, de Polônia e Suíça. A diretora-gerente disse que o Fundo deve receber mais recursos, mas não quis dizer de que países. “Cabe a eles anunciar”, sintetizou.

Políticas de ajuda

Em outra entrevista coletiva no FMI, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, também fez alusão ao poder econômico dos mercados emergentes, desta vez no sentido de diminuir a pobreza em seus países e ajudar países mais pobres a atingir o mesmo objetivo.

Zoellick, que participa de seu último encontro anual das duas instituições – ele deixa o cargo no fim de junho –, falava sobre a importância de ajudar os países de renda média, onde estão dois terços das pessoas que vivem com menos de US$ 2 por dia.

“Exite uma estimativa conservadora de ajuda estrangeira dos países emergentes para os mais pobres de US$ 15 bilhões. É provavelmente uma estimativa modesta”, disse Zoellick. Segundo a organização Oxfam, a ajuda global provida pelos países desenvolvidos foi de US$ 133 bilhões no ano passado.

“Precisamos mudar nossa noção de ajuda, de um modelo de caridade para o modelo de investir em capital humano e infraestrutura nos países em desenvolvimento”, afirmou o presidente do Banco Mundial. “Se dois terços do crescimento vêm dos países em desenvolvimento, temos de mudar nossa mentalidade.”

Para Zoellick, os países em desenvolvimento dão lições sobre como combater a pobreza dentro de seu próprio território. “O programa Bolsa Família no Brasil, Oportunidades no México, são feitos por metade de um ponto percentual do PIB. E no entanto eles cobrem 15-20% das pessoas e proveem uma escada para o crescimento. Nós no Banco ajudamos a aumentar programas de transferência de renda em cerca de 40 outros países”, exemplificou.

“A questão da ajuda não é os números mas a eficiência: vamos nos concentrar nas redes básicas de ajuda social em todos os países, para lidar com a volatilidade e as incertezas. Se esperarmos outra crise, será muito tarde.”

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Yuri Alberto é vetado e Corinthians fica sem os principais atacantes do time

Bolsonaro vai ser preso? Entenda o que diz a PGR nas alegações finais na ação da trama golpista

39º Bon Odori será realizado no próximo mês em Campo Grande

Síria anuncia cessar-fogo após nova onda de violência deixar dezenas de mortos

Notícias mais lidas agora

carne três lagoas

MS suspende produção de carne para os EUA e preço pode cair para consumidores no estado

lei da reciprocidade

Relatada por Tereza Cristina, Lei da Reciprocidade é publicada em resposta ao ‘tarifaço’ de Trump

Sem ajuda, adolescente teria agonizado até a morte em clínica para dependentes de MS

Mulher é agredida e abandonada desmaiada em hospital de MS

Últimas Notícias

Polícia

‘Para lá eu não volto’: criminoso morto em confronto com a polícia era considerado de alta periculosidade

Luiz César estava condenado há mais de 120 anos de prisão

Cotidiano

MS suspende produção de carne para os EUA e preço pode cair para consumidores no estado

Cada empresa avaliará novas possibilidades e poderá redirecionar a produção para outros países.

Cotidiano

Volume de chuva em Campo Grande fica 41% abaixo da média histórica

Dados sobre volume de chuva foram divulgados pelo Cemtec-MS nesta terça-feira

Política

Vereadores mantêm veto parcial a programa de combate a jogos de azar e aprovam 92 projetos

Câmara Municipal de Campo Grande limpou a pauta antes do recesso parlamentar, que se inicia na quarta-feira (16)