Sem sucesso nas tentativas de reverter a penhora imposta pela Justiça e na busca por um empréstimo, o Flamengo completou nesta quinta-feira duas semanas de salário atrasado para jogadores e comissão técnica. E além disso, os funcionários do clube, que deveriam receber o pagamento de outubro nesta tarde, ainda não receberam e temem pelo pior.
A situação pode ser uma preocupante derrota para a presidente Patricia Amorim às vésperas da eleição, que ocorrerá no início de dezembro. Pela primeira vez em sua gestão, os profissionais do clube rubro-negro ficariam com os seus salários atrasados.
Funcionários confirmaram que ainda não tinham recebido o salário de outubro e confessaram estranheza diante do fato. “Não entendi. A Patrícia nunca deixou atrasar nosso salário. Vamos esperar. Espero que não tenha maiores problemas e que acertem isso logo”, disse um segurança que trabalha na sede da Gávea.
A assessoria de imprensa do clube informou que, apesar da demora, o caso seria resolvido até o final desta quinta-feira e os funcionários teriam seus salários depositados.
Já no futebol, o clube ainda não tem uma prazo definido para resolver a situação. Diante da penhora de cerca de R$ 20 milhões em função de problemas com a Justiça nos anos de 2007, 2008 e 2009, o clube foi impedido de receber novas receitas e sofre em sua engenharia financeira neste final de ano.
Sem ter uma data para quitar o salário de setembro dos jogadores, que deveria ter sido pago no último dia 25, o clube corre sérios riscos de não cumprir o vencimento de outubro nos próximos dias e acumular dois meses de atraso.
Dentro de campo, porém, a situação é um pouco mais tranquila. Com 44 pontos e restando ainda quatro rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, o time praticamente livrou qualquer chance de rebaixamento. O próximo compromisso será no domingo, contra o Náutico, em Recife.
