Filiados do PTB denunciam suspeita de desvio do fundo partidário ao MPE

Passado o feriadão, filiados do PTB sul-mato-grossense prometem ir à Brasília protocolar denúncia de desvio do fundo partidário por parte do presidente regional da sigla, Ivan Louzada. Segundo o ex-tesoureiro da agremiação, Elenilton Dutra de Andrade, o dirigente usou de notas frias para camuflar a utilização de dinheiro do PTB com gastos pessoais. De acordo […]

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Passado o feriadão, filiados do PTB sul-mato-grossense prometem ir à Brasília protocolar denúncia de desvio do fundo partidário por parte do presidente regional da sigla, Ivan Louzada. Segundo o ex-tesoureiro da agremiação, Elenilton Dutra de Andrade, o dirigente usou de notas frias para camuflar a utilização de dinheiro do PTB com gastos pessoais.

De acordo com Elenilton, anualmente o PTB recebe em torno de R$ 210 mil por meio do fundo partidário. “O presidente Ivan Louzada vem usando o recurso em causa própria e usa de notas frias para tentar esconder a irregularidade”, denunciou.

Ele ainda acusou Louzada de estar enriquecendo as custas do partido. “Se a Polícia Federal e a Receita investigarem a fundo vão descobrir o enriquecimento ilícito”, disse.

Para tentar dar um fim à suposta irregularidade, Elenilton e o advogado Antônio Trindade (PTB) vão protocolar denúncia no Conselho Nacional do Ministério Público Eleitoral. “Na semana que vem vamos à Brasília”, garantiu Trindade. Indagado sobre números, ele não detalhou os valores, mas garantiu que são “notas frias vultuosas”.

Cargos no governo

Esta será a segunda vez que a dupla denunciará Louzada. Recentemente, eles estiveram em Brasília para pedir o afastamento imediato do atual presidente estadual.

A iniciativa leva em consideração denúncias de que o partido estaria recebendo recursos indiretamente do Poder Público por meio da nomeação de 10 apadrinhados de Ivan Louzada na Casa Civil do governo de André Puccinelli (PMDB).

Procurado pelo Midiamax, o dirigente não mostrou preocupação com a denúncia e disse que pertence ao diretório nacional, onde é presidente da Fundação Getúlio Vargas. Ele ressaltou ainda saber das denúncias, mas afirmou que não recebeu nenhum comunicado oficial.

Antônio Trindade denunciou o caso à Justiça e informou que na lista de apadrinhados do partido estariam o filho, a mulher aposentada do dirigente e o cunhado. Os salários dos ocupantes de cargos, segundo o advogado, variam de R$ 1,6 mil a R$ 7,7 mil.

Para ele, o caso é ainda grave porque os nomeados não precisariam cumprir jornada de trabalho.  Louzada, por sua vez, confirmou que em 2010 indicou nomes para Puccinelli, mas garantiu que todos estão trabalhando. “Se não estivessem o problema seria do governador”, avaliou.

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