Ferrari revê erros e acertos em nova decisão em reta final de temporada
Em 2007, Fernando Alonso chegou ao Grande Prêmio do Brasil – também última etapa da temporada da Fórmula 1 na ocasião – com boas chances de, seu terceiro em sequência. Com 103 pontos, o então piloto da McLaren precisava apenas torcer por um vacilo de seu companheiro de equipe, Lewis Hamilton (103), e para que […]
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Em 2007, Fernando Alonso chegou ao Grande Prêmio do Brasil – também última etapa da temporada da Fórmula 1 na ocasião – com boas chances de, seu terceiro em sequência. Com 103 pontos, o então piloto da McLaren precisava apenas torcer por um vacilo de seu companheiro de equipe, Lewis Hamilton (103), e para que Kimi Raikkonen, então na Ferrari com 100 pontos, não conseguisse uma combinação de resultados pouco provável.
No entanto, o pouco provável aconteceu no Autódromo de Interlagos naquele dia 21 de outubro de 2007: Raikkonen venceu e foi a 110 pontos, deixando Alonso em terceiro e Hamilton em sétimo, ambos com 109. Irritado com a equipe inglesa, Alonso voltou para a Renault, e deixou Hamilton. Passados dois anos no time francês, o espanhol acertou justamente com a Ferrari, onde está desde 2010.
A equipe italiana se lembra bem da situação, e quer usar o aprendizado agora a favor do espanhol. Para o chefe de equipe ferrarista, Stefano Domenicali, a meta da equipe deve ser a mesma em 2012: fazer o que precisa, e esperar por um vacilo dos adversários.
“Eram sensações diferentes. Em 2007, acho que Martin (Whitmarsh, chefe de equipe da McLaren) se lembra bem, estávamos em uma situação em que tínhamos a mesma abordagem que temos para esta corrida: precisávamos fazer o melhor, sabendo que nosso oponente era muito forte e que a corrida envolvia uma situação em que podíamos trabalhar bem”, analisou Domenicali.
Em 2008, mais uma vez, a Ferrari precisava reverter a vantagem da McLaren. Felipe Massa chegou a Interlagos com 87 pontos, contra 94 de Lewis Hamilton. Massa até fez sua parte e venceu em Interlagos, mas Lewis Hamilton conquistou o necessário quinto lugar na última volta, superando Timo Glock (Toyota) e foi campeão por um ponto: 98 a 97. E a lição, agora mais amarga, ficou na Ferrari.
“Em 2008, podíamos vencer o Mundial de pilotos, e conseguimos por uns 20 segundos. Mas depois Hamilton foi campeão de uma temporada em que eu diria que perdemos por não termos um carro confiável”, disse. “Acho que, naquela temporada, Felipe fez um papel incrível, e ficamos muito tristes por ele. Ele merecia. Mas no fim das contas, Lewis venceu”, completou.
Em 2010, Interlagos recebeu a penúltima etapa da temporada, e deixou Alonso à frente de Vettel: 246 pontos, contra 238. No entanto, na corrida final do ano, nos Emirados Árabes Unidos, a combinação de resultados ajudou ao alemão, que venceu. Alonso foi sétimo, foi a 252 pontos, e ficou a quatro pontos de Vettel, campeão pela primeira vez. Aí, para Domenicali, a Ferrari errou.
“Sabíamos que tínhamos situações para lidar, e foi nossa culpa por não termos conseguido, por um erro nosso: não ajudamos Fernando. Acho que naquela temporada, não tínhamos o melhor carro. Acho que conseguimos vencer um monte de corridas, mas por alguma falta de sorte que a Red Bull teve, perdemos o campeonato”, relembrou.
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