Um dia após ver uma grande ser criada com uma declaração que deu durante sua apresentação como técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari voltou a pedir desculpa aos bancários. Na entrevista concedida ontem, Felipão descartou a pressão sobre a equipe nacional por conta da Copa do Mundo de 2014 e causou desconforto ao mencionar o Banco do Brasil.

“Se não tiver pressão para quem joga futebol, é melhor trabalhar no Banco do Brasil, ali na esquina, sentar no escritório e não fazer nada”, disse Scolari, que rapidamente foi rebatido pela instituição financeira. Nesta sexta-feira, durante entrevista concedida pelos treinadores das equipes que participarão da Copa das Confederações, o treinador aproveitou o ensejo de uma das suas respostas para retomar o assunto.

Primeiro, Felipão foi indagado sobre o que achava da declaração dada pelo ex-atacante Ronaldo de que o Brasil vive um dos piores momentos de sua história. “Não sei a que momento Ronaldo se referiu: se é chutar a bola, sentar para almoçar, não sei, tem que perguntar para ele”. Logo depois dar a resposta, Scolari interrompeu o jornalista, que perguntaria em seguida, para citar o incidente envolvendo o Banco do Brasil.

“Queria aproveitar para esclarecer uma coisa. Quando faço uma colocação como essa do Ronaldo, eu sempre faço uma colocação simplória, tranquila, não é para agredir ninguém. Quando falei da pressão, depois daquilo foi um inferno dizendo que eu tinha agredido uma classe. Já conversei com o presidente do banco, pedi as desculpas necessárias. Foram muito bem aceitas. Peço então desculpas publicamente à classe que eu não tive intenção de ofender, até porque trabalho há 30 anos com esse banco”, afirmou.

Felipão já tinha divulgado uma nota oficial no fim da tarde de ontem se retratando pelo que falou na entrevista. “Eu estou lá é para pedir a colaboração do povo brasileiro à Seleção e não pretendia ofender o pessoal do Banco do Brasil. Foi apenas uma má colocação”, disse o treinador na nota.