Integrantes do Ministério Público Federal, incluindo o procurador de Ponta Porã, presenciaram na tarde desta terça-feira (28) disparos de armas de fogo na área índigena Arroyo Corá, em Paranhos, a 477 quilômetros de Campo Grande.

Os servidores do MPF estavam no local para uma reunião com os índios guarani-kaiowá que, no último dia 10, iniciaram a ocupação de fazendas instaladas na terra declarada indígena pelo Governo Federal desde 2009.

Os guarani dizem que a mobilização é uma reação à Portaria 303/2012 da AGU (Advocacia-Geral da União) e chamam as ocupações de ‘retomadas’, enquanto os fazendeiros dizem que o ato é uma invasão.

Os índios prometem novas ‘retomadas’ e a situação é tensa em boa parte da região sul do Estado.

Segundo informações do Ministério Público Federal, o encontro da equipe com os índios serviu para tratar da questão fundiária e escutar as demandas da comunidade. A reunião transcorreu normalmente, porém, ao final dos trabalhos, os membros do MPF escutaram o som de dois disparos de arma de fogo e, minutos depois, mais três tiros.

Como a reunião ja havia terminado, segundo os servidores, a comitiva do Ministério Público continuou com a agenda de trabalho normalmente, seguindo para a terra indígena Ypo’i. Não houve feridos e o MPF prometeu se manifestar sobre o episódio nesta quarta-feira (29).