Emissões de gases de efeito estufa aumentaram 20% desde 2000

Às vésperas da COP18, Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que começa dia 26 de novembro em Doha, no Qatar, foi lançado dia (21) um novo relatório que revela que a concentração dos gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), aumentou 20% desde 2000. O relatório sobre […]

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Às vésperas da COP18, Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que começa dia 26 de novembro em Doha, no Qatar, foi lançado dia (21) um novo relatório que revela que a concentração dos gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), aumentou 20% desde 2000.

O relatório sobre as emissões de gases do efeito estufa (Emissions Gap 2012), coordenado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Fundação Europeia para o Clima mostra também que os níveis das emissões de gases de efeito estufa já chegaram a cerca de 14% acima do que deveriam estar em 2020.

Avaliações econômicas preliminares, destacadas no novo relatório, estimam que a falta de ação acarretará custos provavelmente no mínimo 10 a 15% maiores após 2020 se as reduções de emissões necessárias forem postergadas para as próximas décadas.

“O relatório sinaliza que o tempo está se esgotando, mas que os meios técnicos e as ferramentas necessárias para permitir que o mundo mantenha o aumento da temperatura global [neste século] a no máximo 2°C ainda estão disponíveis para os governos e sociedades”, afirmou a Secretária Executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, Christiana Figueres.

A publicação menciona o Brasil, onde uma combinação de políticas de conservação aliadas à queda nos preços das commodities agrícolas levou a uma diminuição de três quartos do desmatamento desde 2004, evitando 2,8 Gt de CO2 equivalente entre 2006 e 2011.

“Embora permaneça subutilizado, a diminuição do desmatamento é considerada uma opção de baixo custo para a redução de emissões de gases estufa”, diz o relatório.

“Há duas realidades encapsuladas neste relatório – que preenchem a lacuna entre as tecnologias e as políticas existentes: há muitas ações inspiradoras ocorrendo em nível nacional de eficiência energética em edifícios; em investimentos de reflorestamento para evitar emissões ligadas ao desmatamento: na criação veículos com novas tecnologias, assim como um notável crescimento no investimento em novas energias renováveis em nível mundial, que em 2011 ascenderam a cerca de 260 bilhões de dólares”, disse o Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner.

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