Bicampeão mundial no solo, mas ainda sem medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, Diego Hypolito confirmou que ficará mesmo focado na sua apresentação na prova de solo. Na entrevista coletiva concedida na Zona Internacional da Vila Olímpica, Diego revelou que, devido à lesão no joelho, não vai competir no salto.

“Infelizmente, não há qualquer possibilidade de competir no salto, pois tem aproximadamente quatro meses que eu operei o joelho direito (artroscopia). Tinha uma expectativa de saltar, mas quando fui para uma etapa da Copa do Mundo também lesionei a planta do pé e fiquei mais dois meses sem treinar”, explicou o ginasta brasileiro.

Para Diego, o mais importante na hora de sua apresentação é fazer a série do mesmo jeito que tem feito durante os treinamentos. Ele reconhece que a reta final está sendo mais difícil ainda por causa das dores no pé, mas admite que todos os atletas competem com algum tipo de lesão.

“Este ciclo olímpico está sendo diferente do meu ciclo passado. Em 2005, fui campeão mundial. Um ano depois, fui segundo melhor do mundo. Em 2007, fui bicampeão mundial e para 2008 criei a expectativa de ganhar a medalha de ouro. Mas houve a falha e fiquei na sexta posição”, lembrou.

Neste novo ciclo olímpico, Diego Hypolito parou em 2008, 2009 e 2011, sempre por causa de lesões. Foi uma contra o relógio para tentar a reabilitação antes dos Jogos de . “Para completar, no fim do ano passado tive uma lesão grave no ombro e em 2012 tive lesão no joelho e no pé. Todas de porte médio para grave. Mesmo assim, não perdi o sonho de ser um campeão olímpico”, frisou o atleta.

Diego relatou que sua pré-temporada na foi extremamente proveitosa. “Consegui melhorar muito nos treinos lá. Treinei duas semanas de solo no Brasil que não foram satisfatórias. Quando eu fui para a Bélgica, esqueci de tudo e vivi somente os treinamentos. Isso fez voltar a minha forma física”, contou.

O foco e o histórico vencedor não fazem com que ele se considere um dos atletas a serem batidos. “Acho que é muita pretensão minha falar que sou o favorito. Não existe favoritismo aqui, pois todos os atletas têm condições e sonham em subir no lugar mais alto do pódio. Antes eu achava que se eu não ganhasse seria o fim do mundo. Hoje já não enxergo nesta ótica, até mesmo por tudo que passei na minha carreira”, encerrou.