A partir desta terça-feira (20), o prefeito (PMDB) inicia uma série de reuniões com os secretários de partidos aliados, decididos a entrar na disputa por sua sucessão, para definir o destino dos mesmos na administração municipal. Nelsinho já avisou que a legenda que irá enfrentar o PMDB na batalha eleitoral deverá deixar os cargos no governo até o próximo dia 31.

Ameaçam partir para o confronto o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) e o vereador Athayde Nery (PPS). Na administração municipal, os tucanos comandam a secretaria de Educação e a Fundação Municipal de Esportes (Funesp), enquanto o PPS dirige a Funsat (Fundação Social do Trabalho), a Fundac (Fundação de Cultura Municipal) e o IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande). 

Dos cinco dirigentes das pastas, três cogitam entrar na disputa eleitoral. É o caso da diretora-presidente da Funsat, Luiza Ribeiro, do presidente da Fundac, Roberto Figueiredo, e do presidente da IMPCG, Cézar Galhardo. Neste caso, obrigatoriamente, eles precisam deixar os cargos até 7 de abril.

Quem não é pré-candidato poderia seguir na administração, mas Nelsinho, apesar de lamentar o desmantelamento de sua equipe, não quer ver na administração adversários políticos. Dessa forma, Maria Cecília Amendola da Mota (Educação) e Carlos Alberto Assis (Funesp), ambos do PSDB, devem deixar os cargos até dia 31.

“A partir de hoje, vou conversar individualmente com cada secretário. Vou querer o levantamento das atividades em cada pasta e a confirmação da candidatura de cada partido”, disse o prefeito. “Vou ficar de coração partido ao ver sair do cargo gente que trabalhei ao longo destes oito anos, mas todos os partidos têm direito de buscar seu lugar ao sol”, ponderou, referindo-se a intenção do PPS e do PSDB romper aliança para partir para o confronto.

Indagado sobre os substitutos dos titulares, Nelsinho garantiu ainda não ter o nome dos próximos secretários. Maria Cecília e Carlos Alberto, inicialmente, prometiam deixar os cargos ainda hoje. A secretária de Educação, porém, disse ao Midiamax que nem sequer marcou conversa com o prefeito para apresentar balanço das atividades da pasta.

Nos bastidores, a informação é de que os tucanos resistem deixar os cargos para confirmar o projeto de Azambuja disputar à prefeitura da Capital. O deputado federal, por sua vez, não aceita abrir mão de sua pré-candidatura.