O senador Delcídio Amaral (PT) preferiu não comentar as declarações do presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos (PMDB), que avaliou como grande a possibilidade de aliança entre o PT e o PMDB na eleição para o Governo do Estado em 2014. Questionado sobre a possibilidade de aliança, Delcídio disse que ainda é cedo e criticou os pré-candidatos que não focam em trabalho e vivem sustentando que não desistirão da campanha.

“Acho o seguinte: nós estamos de ressaca de campanha. Eu tenho que trabalhar lá em Brasília. Aprovar as coisas que estamos discutindo. Os caras nem curaram da ressaca e já estão falando em 2014. Esse é um processo de construção. Já está todo mundo em campanha eleitoral, dizendo: eu quero ser governador. Vamos terminar o ano”, criticou.

Delcídio avaliou que é preciso calma e utilizou um trecho da música de Renato Teixeira para defender sua filosofia de vida. “A calma é irmã do simples e o simples resolve tudo. Temos que perseguir isso”.

O senador resumiu que no momento a pauta dele refere-se à agenda com vários prefeitos. “Depois eu vou resolver estas coisas. Sou parceiro dos prefeitos e faço política também. Mas, acho que é a política sadia, do trabalho, envolvimento, compromisso e reciprocidade”, alfinetou.

Na Assembleia Legislativa, Jerson Domingos voltou a defender uma aliança entre o PT e o PMDB, com Delcídio Amaral governador e Simone candidata ao Senado. Questionado sobre o futuro de Nelsinho, Jerson analisou que ele seria um bom vice de Delcídio.

Nelsinho considerou a aliança impossível por causa da rivalidade entre os partidos e voltou a cogitar a possibilidade de deixar o PMDB. “Não tenho só o PMDB para ser candidato. Represento um grupo de pessoas que apostam neste projeto”. Esta não foi a primeira vez que Nelsinho ameaçou deixar o PMDB. Recentemente o prefeito disse que não vê outra possibilidade de disputa em 2014 que não seja o Governo do Estado e ainda pediu a cabeça do presidente estadual do PMDB, Esacheu Nascimento.

A briga entre Nelsinho e Esacheu começou depois que o presidente do PMDB revelou preferência por Simone no Governo do Estado, justificando que ela é candidata natural do partido após a derrota em Campo Grande. Esacheu avaliou que Nelsinho saiu enfraquecido da disputa em Campo Grande, já que foi o coordenador da campanha de Edson Giroto (PMDB). As ameaças de Nelsinho não agradaram a vice-governadora Simone Tebet. Ela informou que não brigará por cargos e ressaltou que é partidária e não deixará o PMDB caso o partido entenda que Nelsinho será o candidato.