A estratégia petista de tentar reaproximação com o PDT por meio da nomeação do presidente regional do partido, Dagoberto Nogueira, em diretoria da Eletrosul não vingou e os pedetistas devem confirmar nos próximos dias aliança com o deputado federal Edson Giroto (PMDB), pré-candidato a prefeito de Campo Grande.
“Essa estratégia do PT não cola mais, não quero ir para a Eletrosul, a hora já passou”, disse Dagoberto. Desde o início do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), ele aguardava a nomeação. Cansado de esperar, em novembro do ano passado, ele publicou nota informando não ter mais interesse na vaga.
Além disso, segundo Dagoberto, desgastou a relação com os petistas. “Apoiamos a vida toda o PT e eles nunca nos apoiaram, não abrem mão de nada, sempre querem candidatura própria e o PDT não aceita mais isso”, avisou.
Futuro
Indagado sobre o destino do partido em Campo Grande, Dagoberto informou aguardar resultado de pesquisa, mas praticamente anunciou aliança com o PMDB. “Se eu não for candidato, vamos apoiar o Giroto”, declarou.
“As chances de eu ir para o embate são de 10%”, emendou. Para isso acontecer, segundo o pedetista, o partido precisa viabilizar recursos para bancar uma campanha competitiva.
Sem vislumbrar muitas chances de angariar estrutura financeira, até a próxima quinta-feira (12), Dagoberto espera se encontrar com o governador André Puccinelli (PMDB) e com Giroto para definir os últimos detalhes da aliança. “Falta uma proposta concreta”, revelou.
Amanhã (10), estava prevista reunião para o PDT oficializar apoio ao pré-candidato do PMDB. “Vamos deixar isso mais para frente. Primeiro, quero ver a pesquisa e conversar com o governador”, explicou Dagoberto.
