Com 1.752 notificações, Corumbá foi classificada pela Secretaria Estadual de Saúde como cidade com alta incidência para o avanço da dengue. A definição consta no boletim divulgado pela Secretaria de Estado e leva em consideração as semanas epidemiológicas 1 a 44, o que significa – em linhas gerais – levantamento referente ao ano todo. A classificação coloca o município em terceiro lugar no número de notificações, atrás apenas de Campo Grande, que lidera as estatísticas com 5.021 casos notificados e Três Lagoas, com 2.075 casos.
Segundo a Secretaria Estadual, outras 15 cidades sul-mato-grossenses estão enquadradas na classificação de alta incidência. São elas: Pedro Gomes, Ladário, Mundo Novo, Sonora, Eldorado, Itaporã, Bataguassu, São Gabriel do Oeste, Bodoquena, Campo Grande, Brasilândia, Laguna Caarapã, Ribas do Rio Pardo, Rio Verde, Paranaíba e Chapadão do Sul.
De acordo com o boletim epidemiológico, 23 municípios de Mato Grosso do Sul estão enquadrados em situação de média incidência e outros 37 têm baixa incidência para proliferação da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Para eliminar os focos de proliferação do mosquito na cidade, a Prefeitura prepara uma grande ação de combate à dengue na área urbana da cidade. Os trabalhos terão início no dia 26 de novembro e devem seguir até 14 de dezembro. O último Levantamento de Índice Rápido de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa), realizado na segunda quinzena de outubro pela Secretaria Municipal de Saúde, apontou índice de infestação predial de 2,2%, bem acima do aceitável pelo Ministério da Saúde que é de até 1%.
Além do combate efetivo aos focos do Aedes aegypti, as ações contarão ainda com campanha educativa junto à população, para que mantenha a limpeza de seus imóveis e tomem outros cuidados importantes, como manutenção de reservatórios de água em nível do solo sempre tampados e, se possível, com tela.
Doze imóveis
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) detectou 12 imóveis na área urbana de Corumbá que estão colocando a saúde pública em risco. São terrenos baldios e imóveis fechados que se encontram em situação crítica, com focos em potencial para proliferação do mosquito transmissor da dengue. A informação é da supervisora de Núcleo de Controle de Zoonoses, bióloga Grace Bastos, que já encaminhou o levantamento realizado pela equipe de agentes de endemias do CCZ à Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde e ao setor de Vigilância Sanitária da Prefeitura e, para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
A partir de agora, equipes da Vigilância Sanitária vão notificar os proprietários dos imóveis, dando prazo para que procedam a limpeza necessária, conforme o que determina a Lei Complementar nº. 102, de 2007, que dispõe sobre as medidas específicas para a prevenção, controle e combate à febre amarela e à dengue no Município, e também o Código de Postura do Município.
Será dado um prazo de 72 horas para os proprietários providenciarem a limpeza dos imóveis. Caso isto não aconteça, serão multados e, após lavrar o auto, a Prefeitura realizará a limpeza do local, cobrando o serviço do proprietário.
Os imóveis considerados críticos, pelo trabalho do CCZ, estão localizados na rua Manoel Cavassa, 360, no Beira Rio; alameda Taquari, 01, no Dom Bosco; alameda Rubra Rosa, 01, no Aeroporto; rua Barão do Melgaço, 98, Cristo Redentor; rua Eugênio Cunha, 06 – 02, no Universitário; avenida General Rondon, 01. Generoso; alameda Laranjeiras, 01, Generoso; Cacimba da Saúde, 01, Cervejaria; General Rondon esquina com a Marechal Floriano, no Generoso; General Rondon, entre a Laranjeiras e Alan Kardec, no Dom Bosco, e na rua Dom Aquino, 176, Centro.
