Corinthians segura o Bahia no Pacaembu e ‘ajuda’ o Palmeiras

O semblante era o de uma novela. Protagonistas e vilões se alternavam durante o jogo. O volante Guilherme, que participou de um trama com o Palmeiras, em negociação, contribuiu para diminuir a diferença do arquirrival na busca para fugir do rebaixamento. Ao sofrer o pênalti, completado pelo Douglas (Tufão), o Corinthians empatou por 1 a […]

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O semblante era o de uma novela. Protagonistas e vilões se alternavam durante o jogo. O volante Guilherme, que participou de um trama com o Palmeiras, em negociação, contribuiu para diminuir a diferença do arquirrival na busca para fugir do rebaixamento. Ao sofrer o pênalti, completado pelo Douglas (Tufão), o Corinthians empatou por 1 a 1 com o Bahia, segurando o Tricolor e deixando a equipe Alviverde a quatro pontos de sair da degola. Sem dar mostras de que entregaria o jogo, o Timão, com o apoio da torcida foi para cima do Bahia. Esbarrando em uma bela atuação de Lomba, até conseguiu marcar duas vezes, mas Guerrero, impedido, teve o tento anulado.

Com 44 pontos, o Corinthians pega o Vasco, no Pacaembu, na próxima rodada. Já o Bahia, com 36 pontos, encara o Grêmio, em Pituaçu. Anti-herói ou herói? Durante a semana, muito se discutiu se o Corinthians deveria ou não entregar o jogo para prejudicar o Palmeiras.

O Pacaembu recebeu com um bom público e, das arquibancadas, já se tirou a prova final: a torcida queria a vitória do Alvinegro. Incentivando do início ao fim, os torcedores entoaram as canções em prol do seu time e, a cada passe do Bahia, uma vaia generalizada tomou conta do estádio. Zizao, um dos mais empolgados para atuar, e os fanáticos para vê-lo em campo, tiveram de conter os ânimos. Por conta do limite de estrangeiros, ele foi cortado do banco de reservas para dar espaço aos gringos Martínez, Guerrero e Ramírez, que lotaram o espaço.

Mesmo assim, o ímpeto do Timão foi o da vitória. Se o chinês não teve a chance de jogar, Anderson Polga fez a sua estreia… O Alvinegro, então, quis acabar de uma vez por toda com a novela criada ao longo da semana. No início do jogo, parecia que ia ter um final melancólio. Denner e Wallace saíram, antes dos 12 minutos, por conta de lesão. Final triste? Não. O Timão se superou e, com um personagem que ora foi herói, ora vilão em trama anterior, apareceu. Guilherme, disputado por Corinthians e Palmeiras, apareceu na área e foi derrubado por Danny Morais. Pênalti. E quem melhor para fazer a cobrança? Douglas, apelidado de Tufão, da ”Avenida Brasil”, foi para a bola e colocou lá dentro. O Alvinegro continuou incisivo. Sem dar brechas para dúvidas, criou boas oportunidades com Edenílson e Martínez, mas esbarraram no anti-herói do jogo, Marcelo Lomba. A ansiedade só aumentava. Os espectadores (torcedores) não desgrudaram os olhos do time, esperando para descobrir quem iria matar a partida. Contudo, Fahel aumentou um bloco da novela e empatou o jogo.

Com isso, o drama ganhou mais 45 minutos, deixando em aberto o herói e o vilão. Quem é o herói? Na volta do intervalo, a emoção continuou. Todos atentos e os os personagens buscavam o heroísmo. A cada passe, a cada chute, as previsões se alteraram. Guilherme, protagonista da novela para qual clube iria, queria ser o ”Divino” das torcidas. Ele arriscou um bom chute, defendido pelo anti-herói Lomba e, na conclusão, o possível ”galã estiloso” Guerrero, fez a Fiel ir à loucura com o gol. Contudo, como a audiência estava alta, e o atleta impedido, o assistente acertamente anulou o lance. Então, o Bahia cresceu no jogo. Como em uma novela em que há reviravoltas, o Tricolor baiano fez a transição de jogo com mais rapidez.

Apostando nas jogadas transversais e pelos cantos, Diones quase marcou um gol em bom lance de Elias, que cruzou, mas o meia não alcançou a jogada. O jogo se encaminhou com cada clube buscando a vitória. Enquanto isso, do outro lado, Barcos deu a vitória para o Palmeiras. Demonstrando bastante raça, o rival tem grandes chances de escapar da degola. E o Timão, exibindo ética e vontade de ganhar, demonstrou a grandeza do clube.

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