Criado em abril do ano passado, o Conselho tem trazido mais tranqüilidade para os índios da Capital

Criado em abril do ano passado, o Conselho Comunitário de Segurança Urbano Indígena, composto por membros das diversas comunidades indígenas urbanas, tem trazido mais tranqüilidade para os índios da Capital. Durante o evento, em comemoração ao primeiro aniversário do conselho, nesta quarta-feira (18), era consenso que desde que o Conselho foi criado a aldeia está mais segura.

Valéria Teixeira Metelo conta que a violência na aldeia diminuiu muito. “A violência caiu e a comunidade está mais unida”, pontuou.

Mãe de três crianças, Eliana de Oliveira, 25 anos, conta que antes tinha medo de deixar as crianças soltas, brincando na aldeia, mas que agora se sente segura. “Antes eu tinha medo, não tinha ordem. O pessoal andava correndo de carro. Agora tá muito melhor”, diz.

O tenente-coronel da PM Reginaldo Medeiros conta que o trabalho começou no ano passado e a parceria com o conselho tem dado resultados excelentes. “Desenvolvemos uma operação repressiva no Tiradentes e também na Aldeia. A partir daí foi feito um trabalho com a polícia comunitária. A própria comunidade passa informações para gente, isso mostra a credibilidade que se conquistou. A tendência é que o crime se afaste”, apontou.

Além da questão de segurança, o Conselho tem feito acordos e conquistado benfeitorias para a comunidade. No ano passado, o grupo fez a festa do Dia das Crianças – Koxena Kalivono.

Também foi feita uma parceria com produtores rurais para aquisição de alimentos – por meio do programa Economia Solidária, explica o cacique.

A grande conquista, conta Ênio, foi a vinda de médicos oftalmologistas italianos na Aldeia. Eles realizaram exames na comunidade e doaram os óculos para quem precisava. A parceria se deu por meio das irmãs Lauritas.