O meia Valdivia conquistou a torcida do Palmeiras durante sua primeira passagem pelo clube, mas vive uma relação bem diferente neste retorno ao clube. Depois de ver a forma como Kleber saiu do Verdão, o chileno adverte que nunca se colocou como um ídolo no Palestra Itália.

“Eu me considero um cara que os torcedores gostam muito e as crianças também, mas não sou ídolo e nunca falei que me considero. Para me tornar um ídolo, preciso ganhar três ou quatro títulos, o que ainda não conquistei”, afirmou.

Após ter convivido com elogios e críticas no ano passado, Valdivia explica que ficou chateado pela forma como seu amigo Kleber deixou o Verdão, sendo bastante contestado pela torcida alviverde. A saída do Gladiador foi selada depois de uma discussão com o técnico Luiz Felipe Scolari, quando o Mago estava longe do clube por defender a seleção chilena.

”É difícil, porque antes de tudo ele é amigo. Nós nos falamos até agora, não tenho problema. O Kleber é uma pessoa muito querida por nós jogadores, era nosso capitão. Acho que não merecia sair como foi, com a torcida pedindo a saída dele. Não sei o que aconteceu naquela semana turbulenta, eu estava na seleção. Quando voltei, perguntei pouco porque podia sobrar para mim”, recorda.
Até por conta da saída do Gladiador e também da aposentadoria de Marcos, Valdivia sabe que pode receber uma cobrança ainda maior para liderar o time de Felipão nesta temporada.

“Eu me sinto tranquilo, a molecada gosta de mim. É uma responsabilidade enorme ser o camisa 10 do Palmeiras. É o cara sempre mais assediado, pois o Kleber saiu e Marcão parou. Mas não muda nada na minha cabeça, bola para frente”, concluiu.